CLIPPING - Notícias - Câmara dos Deputados

- Representação Brasileira -
CLIPPING - Notícias
10.11.2016
Edição e Seleção
Eliza Barreto
Fernanda Preve
Fernando Leão
Maria Elisabete da Costa
Sumário
CORREIO BRAZILIENSE .................................................................................... 3
Economia ............................................................................................................... 3
MDIC: relações entre Brasil e EUA não deverão mudar com eleição de Trump ...................... 3
Mundo ................................................................................................................... 4
Especialistas veem comércio internacional como entrave no governo Trump ........................ 4
ESTADÃO......................................................................................................... 5
Economia ............................................................................................................... 5
'Se esse protecionismo vier em forma de novos subsídios, nós teremos problemas', diz Maggi
....................................................................................................................................... 5
Aço leva Brasil a abrir disputa com os EUA ......................................................................... 6
Sob risco de ser abandonada por Trump, OMC pede 'liderança' dos EUA no comércio global . 8
FOLHA DE SÃO PAULO ................................................................................... 10
Colunas ............................................................................................................... 10
Protecionismo de Trump pode ajudar agronegócio brasileiro ..............................................10
Mundo ................................................................................................................. 12
Analistas preveem impacto sobretudo econômico na América Latina ...................................12
VALOR ECONÔMICO ....................................................................................... 15
Brasil ................................................................................................................... 15
Possíveis barreiras a produtos agrícolas causam apreensão ................................................15
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1
Pressão de múltis deve moderar protecionismo .................................................................17
Empresas ............................................................................................................. 18
Expectativa da siderurgia brasileira é de mais proteção ao aço americano ...........................18
Internacional ........................................................................................................ 19
Equipe de transição trabalha em medidas de impacto logo de início ....................................19
Protecionismo de Trump ameaça gerar guerra comercial ...................................................21
O GLOBO ....................................................................................................... 24
Economia ............................................................................................................. 24
Crescimento de emergentes pode estar ganhando força, diz OCDE .....................................24
AGÊNCIA BRASIL ........................................................................................... 24
Economia ............................................................................................................. 24
Para entidades, vitória de Trump esfria acordos bilaterais com os EUA................................24
LA NACIÓN (ARGENTINA) ............................................................................... 26
Economia ............................................................................................................. 26
El efecto Trump en la economía argentina: dificultades para lograr financiamiento e integración
comercial ........................................................................................................................26
PAGINA 12 (ARGENTINA) ............................................................................... 28
El Mundo ............................................................................................................. 28
Qué puede esperar América latina ....................................................................................28
El Pais ................................................................................................................. 30
La Unasur a la espera ......................................................................................................30
De las felicitaciones al rechazo .........................................................................................31
ABC (PARAGUAI) ............................................................................................ 32
Internacionales..................................................................................................... 33
Banquero dice que lo peor en Brasil “ya ha pasado” ..........................................................33
LA NACION (PARAGUAI) ................................................................................. 34
Mundo ................................................................................................................. 34
Felicitaciones con cautela en América Latina para Trump ...................................................34
Politica ................................................................................................................ 35
Analizan desde hoy situación de la frontera Paraguay-Argentina .........................................35
EL PAÍS (URUGUAI) ........................................................................................ 36
Política ................................................................................................................ 36
Uruguay va en busca de asociarse con Corea ....................................................................36
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Brasil
CORREIO BRAZILIENSE
http://www.correiobraziliense.com.br/
Economia
MDIC: relações entre Brasil e EUA não deverão mudar com eleição de
Trump
"Acredito que a gente tem condições de avançar. São dois grandes países, que têm
maturidade para discutir as suas relações e espero muito que a gente consiga avançar e
não retroceder", afirmou Pereira
09/11/2016 14:06
O ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Pereira, afirmou nesta quarta-feira
(9/11) que as relações entre Brasil e Estados Unidos não deverão mudar com a eleição do candidato
do Partido Republicano, Donald Trump, como presidente
"São relações históricas, de longa data, e queremos crer que não deverá ter grandes alterações. É
preciso que, dada a campanha que se teve nos EUA, a gente aguarde um pouco. Estamos na fase
de observação", disse Pereira, após participar de evento de lançamento do programa Brasil Mais
Produtivo, na sede da Federação das Indústrias do Rio (Firjan).
Questionado, Pereira admitiu que o discurso de Trump sobre protecionismo "é uma preocupação",
mas esse tema tem sido debatido nos fóruns internacionais. "É um tema que está sendo discutido
na OMC, no G-20, nos Brics, e com a posição do presidente eleito dos EUA, o tema deverá ganhar
mais relevância nas discussões nos organismos internacionais", disse o ministro
Pereira também demonstrou confiança de que a negociação de acordos comerciais com os EUA
deverá prosseguir. Segundo o ministro, o Brasil vinha negociando a ampliação de acordos com os
americanos, mas as conversas foram suspensas por causa da eleição, algo normal "quando há troca
de governo".
"Acredito que a gente tem condições de avançar. São dois grandes países, que têm maturidade para
discutir as suas relações e espero muito que a gente consiga avançar e não retroceder", afirmou
Pereira.
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3
Diante da perspectiva de elevação na cotação do dólar por causa da eleição de Trump, o ministro
disse que o mercado cuidará do tema. "Uma parcela do setor produtivo brasileiro quer o dólar mais
alto. Há uma parcela que quer o dólar mais baixo. O mercado vai cuidar desse tema", disse Pereira.
Fonte:
http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/economia/2016/11/09/internas_economia,55658
3/mdic-relacoes-entre-brasil-e-eua-nao-deverao-mudar-com-eleicao-de-tru.shtml
Mundo
Especialistas veem comércio internacional como entrave no governo
Trump
Republicanos confirmam maioria na Câmara dos Deputados e no Senado e abrem
caminho para Donald Trump governar sem grandes dificuldades
10/11/2016 06:05
O desastre para o Partido Democrata e para o legado do presidente Barack Obama não poderia ter
sido pior. Além de perder a Casa Branca para o magnata Donald Trump, os democratas
desperdiçaram a chance de obter o controle do Senado para os republicanos, que mantiveram a
maioria na Câmara dos Deputados. Se Obama teve dificuldades para governar, em um Congresso
que barrou várias propostas do Executivo, com Trump o cenário será menos tempestuoso. Os
políticos aliados do novo presidente terão influência na nomeação de altos funcionários do governo
e de juízes da Suprema Corte. Até o fechamento desta edição, depois de conquistar estados decisivos
— como Pensilvânia, Carolina do Norte e Wisconsin —, os republicanos tinham conquistado 54 das
100 cadeiras. Na Câmara, os republicanos tinham 239 assentos, enquanto os democratas haviam
capturado 193, de um total de 435. Em relação ao atual Congresso, os futuros governistas
conseguiram tomar oito cadeiras dos seguidores de Obama.
Professor de comunicações globais e de políticas públicas da Universidade de Harvard, Matthew
Baum explica ao Correio que Trump terá o controle unificado do Congresso e um mandato
relativamente fácil para implementar as políticas preferidas, muitas das quais consistentes com a
ideologia republicana. “As exceções, como a retirada dos acordos comerciais, poderão ser contidas
no Capitólio”, acredita. Segundo o especialista, a curto prazo, será muito difícil para o Congresso
impor resistência a Trump. “Ao longo do tempo, nós veremos se as suas respectivas agendas vão
produzir tensões. Caso isso ocorra, poderemos assistir a uma lentidão na aprovação de novas
políticas. Inicialmente, no entanto, Trump encontrará uma resistência pequena”, afirma Baum.
Por sua vez, Mark A. Peterson, chefe do Departamento de Política Pública e professor de ciência
política da Universidade da Califórnia (Ucla), pensa diferente. “Os republicanos emergiram com uma
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maioria muito esbelta no Senado e outra menos robusta, e provavelmente ainda mais conservadora,
na Câmara. Pela primeira vez um republicano é escolhido para um primeiro mandato com claras
maiorias no Congresso, desde a eleição de Dwight D. Eisenhower, em 1952”, lembra à reportagem.
“Isso vai dar a Donald Trump e aos congressistas republicanos a capacidade para atuar sobre um
número de assuntos sobre os quais eles concordam. Mas, em algumas áreas, a estrada à frente do
presidente eleito não será suave, como no tema do comércio internacional e na reforma das
pensões”, adverte. Com Trump na Casa Branca, Peterson não espera uma rebelião no seio do Partido
Republicano, como se configurou durante a campanha presidencial. “Tudo vai depender do que ele
tentar fazer e do que disser. A imprevisibilidade pode prejudicá-lo. Outro desafio para Trump será o
potencial de obstruções por parte dos democratas no Senado”, acrescenta o estudioso da Ucla.
Fonte:
http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/mundo/2016/11/10/interna_mundo,556659/espe
cialistas-veem-comercio-internacional-como-entrave-no-governo-trum.shtml
ESTADÃO
http://www.estadao.com.br/
Economia
'Se esse protecionismo vier em forma de novos subsídios, nós teremos
problemas', diz Maggi
Para o ministro da Agricultura, o setor de exportações pode sofrer com a eleição de
Donald Trump nos EUA
Erich Decat, 09 Novembro 2016 | 13h03
BRASÍLIA - O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, considerou nesta quarta-feira que o Brasil poderá
"ter problemas" no setor de exportações caso o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump,
adote de fato uma postura "protecionista" dos produtos norte-americanos, como prometeu durante
à campanha.
Entre as propostas defendidas por Trump ao longo da disputa pela Casa Branca está a de renegociar
os acordos comerciais firmados pelos EUA para preservar empregos no país e reduzir o déficit
americano nas transações com o resto do mundo.
"Penso que a relação pode piorar sim. Talvez o que vai mais incomodar não é o acesso dos produtos
agrícolas nos EUA. A nossa pauta de mercadorias para eles é de produtos que eles não produzem
por lá. Então, não há uma competição interna em muitos produtos brasileiros lá. Mas, eles são muitos
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fortes em áreas que somos competidores mundo afora. E se esse protecionismo vier em forma de
novos subsídios para a agricultura norte-americana, ai nós teremos problemas", afirmou Blairo Maggi
ao Estadão.
Apesar dos receios, na avaliação do ministro um dos reflexos de ampliação do protecionismo por
parte do novo governo norte-americana seria a retaliação de outros países também atingidos pelas
medidas.
"Se pegarmos a China, por exemplo, se ela tiver sanções de algo que produzem para os Estado
Unidos, óbvio que podem também decidir, por exemplo, que deixarão de comprar mais carne deles.
È um tipo de raciocínio que pode ocorrer. Por isso que eu falo, não é porque você ganhou uma
eleição, que você faz o que pensa que quer fazer, tem regras, tem compromissos, que faz você
repensar as coisas que declarou durante as eleições", disse Maggi
Incertezas. A conversa do ministro com a reportagem, ocorreu logo após ele se reunir em Brasília
com representantes da empresa norte-americana John Deere. "Também perguntei para eles, o que
ia acontecer agora. Todos me disseram que ninguém sabe", disse Maggi.
Questionado se essa incerteza também não causaria instabilidade no setor, o ministro respondeu:
"Acho que sim, mas Trump é um fato consumado. Deixadas as paixões de lado temos que aguardar
para ver os rumos que serão dados".
A primeira ida de Maggi aos Estados Unidos, após a eleição de Trump, está prevista para ocorrer no
próximo mês de fevereiro, ocasião em que pretende avançar com alguns acordos bilaterais.
Fonte:
http://economia.estadao.com.br/noticias/geral,se-esse-protecionismo-vier-em-forma-de-
novos-subsidios-nos-teremos-problemas-diz-maggi,10000087268
Aço leva Brasil a abrir disputa com os EUA
Processo começa ainda sob Obama, mas será analisado no futuro governo Trump, que
promete elevar tarifas
Jamil Chade, correspondente,
10 Novembro 2016 | 06h00
GENEBRA - O presidente eleito dos EUA, Donald Trump, vai encontrar em sua mesa assim que
assumir um importante dossiê: uma disputa com o Brasil no comércio de aço, sua principal bandeira
usada na campanha para angariar o voto dos descontentes com a globalização. O Itamaraty vai abrir
uma queixa contra o governo dos EUA na Organização Mundial do Comércio (OMC) e se o processo
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será ainda iniciado sob a gestão de Barack Obama, será no governo de Trump que o caso de fato
terá de ser lidado.
O processo será apresentado à secretaria da OMC até sexta-feira desta semana e a decisão política
já foi tomada. O contencioso se refere a uma sobretaxa sobre o aço laminado brasileiro que foram
impostas contra o país há dois meses. Mas o setor nacional já vinha sendo afetado há meses, desde
que os americanos passaram a investigar as exportações nacionais. Washington acusa a produção
brasileira de ser subsidiada e, portanto, entrando no mercado dos EUA com preços injustos.
Empresas como a CSN e Usiminas passaram a ser sobretaxas em 11%, afetando a capacidade dessas
exportações competirem no mercado americano. Apenas em 2015, o Brasil vendeu quase US$ 1,3
bilhão em chapas de aço laminado ao mercado americano.
Mas Trump prometia até mesmo elevar as tarifas de importação e rever acordos comerciais. Em
muitos de seus discursos, a proteção ao setor do aço americano foi o carro-chefe da campanha de
Trump nos EUA, principalmente nos estados com altas taxas de desemprego. Num dos debates com
Hillary Clinton, o presidente eleito chegou a dizer que visitou comunidades afetadas pela "invasão
(do aço) da China e de todas as partes do mundo".
Trump ainda contratou como seu principal assessores para comércio um ex-CEO de uma siderúrgica
local. O escolhido foi Dan DiMicco, ex-presidente da siderurgica Nucor Corp. Conhecido como um
crítico do livre-comércio, ele acaba de publicar um livro sobre como apenas a produção nos EUA
pode voltar a "fazer a economia americana forte".
Usando a situação de algumas das cidades afetadas pela importação de aço, portanto, Trump alertou
que a globalização havia ajudado a "elite financeira, enquanto deixou milhões de trabalhadores sem
nada". Num dos momentos mais importantes da campanha, ele chegou a discursar em uma
siderúrgica, em um palco repleto de metal. "Eles conseguem a expansão de seus negócios e nós o
desemprego", disse, sobre acordos comerciais. "Isso não vai mais acontecer", prometeu ao
eleitorado.
Em outro discurso, em meados de julho, ele ainda alertou que os EUA "já vivem uma guerra
comercial". "E estamos sendo derrotados".
Em setembro, a Câmara de Comércio Exterior (Camex) já havia aprovado a iniciativa de recorrer
OMC contra as sobretaxas impostas pelos Estados Unidos às importações de aço laminado brasileiro.
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Num primeiro momento, o pedido do Brasil levará as duas diplomacias a estabelecer consultas, na
esperança de resolver o caso sem o envolvimento de juízes internacionais. Tradicionalmente, porém,
as consultas servem apenas para indicar ao parceiro comercial quais serão as áreas questionadas.
Um processo, portanto, seria lançado no início de 2017 e se arrastaria por todo o ano.
Se Trump hoje promete proteger o aço americano, ele é acusado até mesmo por sindicatos de ter
erguido seus três últimos projeto de construção com o material chinês, inclusive de empresas que
haviam sido apontadas pelas autoridades em Washington como tendo praticado dumping de preços.
Fonte:
http://economia.estadao.com.br/noticias/geral,aco-leva-brasil-a-abrir-disputa-com-os-
eua,10000087447
Sob risco de ser abandonada por Trump, OMC pede 'liderança' dos EUA no
comércio global
Brasileiro Roberto Azevedo indicou que entidade está 'pronta para trabalhar com o novo
governo'
Jamil Chade,
09 Novembro 2016 | 12h58
GENEBRA - Ameaça de ser abandonada por Donald Trump, Organização Mundial do Comércio (OMC),
insiste que a liderança dos EUA é "vital" no comércio internacional. Mas num esforço para manter
sua entidade relevante, o diretor-geral da OMC, Roberto Azevedo, aponta que a organização está
pronta para trabalhar para garantir que todos sejam beneficiados com o comércio.
Em julho, Trump ameaçou abandonar a OMC se o organismo com sede em Genebra proibisse seus
planos de impor multas a empresas que decidam produzir fora dos EUA. Sua retórica tem sido a de
sair em defesa de uma classe social que acredita que perdeu com a globalização.
Numa entrevista à rede NBC, ele deixou claro que iria adiante com suas políticas comerciais,
ignorando as regras da entidade. "Não importa", disse. "Se isso ocorrer (impedir de impor multas),
vamos renegociar o acordo ou então vamos abandoná-la. Esses acordos são desastrosos. A OMC é
um desastre", afirmou.
Num tom apaziguador, Azevedo tuitou nesta manhã que "a liderança dos EUA na economia global e
no sistema multilateral do comércio continua vital". Mas o brasileiro também mandou uma
mensagem de que a OMC deve ser parte de uma eventual correção nas regras para garantir maior
emprego.
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Azevedo se disse "pronto para apoiar" e "para trabalhar" com o novo governo para "garantir que o
comércio seja um elemento positivo em uma nova estratégia para o desenvolvimento e a criação de
empregos". O brasileiro ainda mandou uma mensagem ao eleitorado de Trump e indicou que "está
claro que muitos sentem que o comércio não está funcionando para eles". Uma vez mais, ele insiste
que a OMC está pronta para agir. "Precisamos lidar com isso e garantir que o comércio gere o
benefício mais amplo a todas as pessoas", escreveu o brasileiro.
Na semana passada, sem citar o nome de Trump, Azevedo já havia alertado para o fato de que
respostas simplistas por parte de candidatos não seriam capazes de solucionar crises e que, de fato,
poderiam agravá-las.
Nos corredores da OMC, diplomatas confirmaram ao Estado a preocupação da entidade que regula
o comércio mundial diante do resultado nas eleições nos EUA. Se praticamente nenhum acordo
conseguia avançar, agora o sentimento é de que uma paralisia pode tomar conta da organização.
Nos últimos anos, diante do fracasso da Rodada, o trabalho da cúpula da entidade tem sido o de
manter a Casa Branca engajada. Sem os americanos, muitos acreditam que a OMC se tornaria
irrelevante.
Agora, a percepção de muitos diplomatas é de que essa tarefa de "manter os EUA no mesmo barco"
será ainda mais difícil. "Existe o potencial para que a relação fique complicada", admitiu o embaixador
chinês na OMC, Yu Jianhua.
"Vamos viver um grande período de incertezas", alertou outro embaixador, na condição de
anonimato. O que todos nos corredores da entidade querem saber é como a retórica anti-comércio
de Trump será traduzida em propostas concretas.
Durante sua campanha para a presidência dos EUA, Donald Trump prometeu barreiras contra
produtos importados e um freio no comércio com a China. "Não podemos continuar deixando que a
China estupre nosso país e isso é o que eles tem feito", disse Trump em Indiana.
Num debate com Hillary Clinton, Trump ainda qualificou o NAFTA como "o pior acordo comercial
jamais assinado" e prometeu que, se eleito, irá renegociar os termos do pacto assinado ainda nos
anos 90.
O candidato republicano também insistiu que vai retirar os EUA da Parceria Trans-Pacífica e também
o comparou a um "estupro". "Vou declarar nossa independência econômica de novo", disse.
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Com a Europa, a negociação para um acordo de livre comércio também vive uma séria crise.
Fonte:
http://economia.estadao.com.br/noticias/geral,sob-risco-de-ser-abandonada-por-trump-
omc-pede-lideranca-dos-eua-no-comercio-global,10000087265
FOLHA DE SÃO PAULO
http://www.folha.uol.com.br/
Colunas
Protecionismo de Trump pode ajudar agronegócio brasileiro
Mauro Zafalon
10/11/2016 02h00
Donald Trump, o presidente eleito dos Estados Unidos, se colocar em prática as suas medidas
polêmicas de campanha, mais vai ajudar o agronegócio do que atrapalhar.
Brasil e Estados Unidos têm muito em comum quando se trata de agropecuária, mas pouca relação
comercial nesse campo.
Ao contrário, são fortes concorrentes mundo afora, tanto em grãos como em carnes.
Entre as promessas de Trump, está a de fechar mais a economia norte-americana e frear os acordos
comerciais, com o intuito de proteger a produção e o emprego nos Estados Unidos.
Essas barreiras são ruins porque só agora os Estados Unidos abriram as portas para a carne
brasileira, não obstante a objeção dos pecuaristas norte-americanos. Mas é um acordo, por ora, de
dimensão limitada. As cotas de exportação são pequenas.
É na promessa de frear acordos, no entanto, que o Brasil pode levar vantagem.
Mais do que vantagem, terá mais tempo para fazer uma lição de casa que nunca fez, a de buscar
acordos comerciais pelo mundo.
Trump promete abortar o que poderá ser um dos principais algozes do agronegócio brasileiro: o TPP
(acordo Transpacífico, que engloba 12 países).
Com ele, os Estados Unidos teriam acesso a uma boa fatia do mercado mundial agrícola. Sem
reduções de tarifas, os países componentes do acordo já representam US$ 57 bilhões para as
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exportações do agronegócio norte-americano. Ou seja, 43% de todas as vendas externas do país
nesse setor.
Imagine uma redução a zero das tarifas comerciais entre esses países nos próximos anos.
Os Estados Unidos, concorrentes do Brasil, teriam a porta aberta em pelos cinco novos países em
que eles ainda não têm acordo, entre eles o rico mercado do Japão.
Esses cinco países —Japão, Malásia, Vietnã, Nova Zelândia e Brunei— somam 257 milhões de
habitantes e já importam US$ 17 bilhões de produtos agropecuários norte-americanos.
As portas abertas dos 11 países do Transpacífico para os Estados Unidos significariam uma tarefa
mais árdua para o Brasil negociar carnes, milho e até soja nesses mercados. E isso ocorreria
exatamente agora que o país busca com mais ênfase o mercado asiático.
A missão de Donald Trump para abortar acordos comerciais, inclusive o Transpacífico, não será fácil.
De um lado, terá o apoio dos eleitores de cidades onde fábricas foram fechadas, devido às
importações industriais de outros países.
De outro, no entanto, terá a pressão do cinturão agrícola, grande apoiador do novo presidente, para
que mantenha esse caminho aberto para seus produtos agropecuários.
Trump é apenas mais um passageiro da Casa Branca. Ele poderá retardar os acordos comerciais,
mas, se não fizer isso agora, outros farão.
O Brasil ganha tempo nesse período de atraso.
NÚMEROS
O fluxo de comércio entre Brasil e Estados Unidos ficou em US$ 39 bilhões nos dez primeiros meses
deste ano. Apenas 9% desse valor se refere a produtos do agronegócio.
Na lista das principais exportações do Brasil para os norte-americanos estão café, produtos
hortícolas, frutas, preparações de carnes, tabaco e açúcar.
O café lidera, com receitas de US$ 800 milhões neste ano.
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Do lado das importações, poucos produtos do agronegócio aparecem com destaque na lista das
compras brasileiras. Um deles são os cereais, cujos gastos brasileiros somaram US$ 177 milhões até
outubro.
O Brasil é dependente dos Estados Unidos, no entanto, em fertilizantes e produtos químicos
destinados à agricultura.
Mauro Zafalon é jornalista e, em duas passagens pela Folha, soma 40 anos de jornal.
Escreve sobre commodities e pecuária. Escreve de terça a sábado.
Fonte:
http://www1.folha.uol.com.br/colunas/vaivem/2016/11/1831049-protecionismo-de-trump-
pode-ajudar-agronegocio-brasileiro.shtml
Mundo
Analistas preveem impacto sobretudo econômico na América Latina
SYLVIA COLOMBO, DE SÃO PAULO
09/11/2016 15h13
Para analistas ouvidos pela Folha, o principal impacto da chegada de Donald Trump à Presidência
dos EUA na América Latina deve dar-se, no curto prazo, no México e em Cuba. Para o resto do
continente, o impacto será mais econômico, caso o presidente eleito siga com um discurso de defesa
do protecionismo.
"Para ser coerente com seus discursos de campanha, penso que, logo ao assumir, Trump deve
adotar políticas populistas com relação ao tema da imigração. Como consequência, isso pode causar
um aumento da tensão na fronteira, e entre mexicanos-americanos assustados com a possibilidade
de deportação", diz à Folha o jornalista norte-americano Jon Lee Anderson, especializado em América
Latina.
O sociólogo mexicano Jorge Zepeda Patterson concorda. "Se a expulsão de imigrantes, a construção
do muro e o fim do Tratado de Livre Comércio começarem a se desenhar como propôs Trump,
haverá impactos brutais na política e na economia mexicanas."
Não é por menos que o presidente Enrique Peña Nieto convocou, ainda na noite de terça (8), uma
reunião de emergência para armar uma estratégia caso Trump de fato queira rever a relação de
comércio bilateral, hoje essencial para a economia de ambos os países.
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Porém, os efeitos da possibilidade da vitória do republicano já vinham causando impacto na
economia do México, com uma forte desvalorização do peso (25% em um ano) e a tendência de
queda ainda maior nos próximos dias. Para Raúl Feliz, do Centro de Investigação e Docências
Econômicas, "se as palavras de Trump se transformam em fatos, virá uma catástrofe", disse ao
jornal "El País".
Já o analista chileno Guillermo Holzmann vê Trump como uma ameaça à economia não apenas do
México, mas de todos os países que compõem a Aliança do Pacífico (Chile, Peru, México e Colômbia).
"Trump é um protecionista e verá os interesses econômicos dos EUA em primeiro lugar, revendo
tratados de livre-comércio com países e com blocos. Para um país como o Chile, que vive desse tipo
de política, que o novo presidente americano sugira uma linha protecionista como tendência para o
comércio mundial será negativo para economias do bloco e da região", disse à Folha.
CUBA
No caso de Cuba, tanto Jon Lee Anderson como o escritor e colunista da Folha Leonardo Padura
transmitiram preocupação com um possível retrocesso na reaproximação dos EUA com este país.
"É o que mais se teme na ilha", disse o escritor cubano, que está em São Paulo dando palestras.
Porém, completa esperançoso: "Por sorte, Obama deu muitos passos adiante nesse assunto e talvez
seja um processo que já não esteja mais nas mãos apenas do presidente", conclui.
O especialista em relações internacionais Juan Gabriel Tokatlian, da Universidade Torcuato Di Tella,
de Buenos Aires, concorda. Para ele, o destino da questão cubana passa pela construção do laço
entre Trump e a maioria republicana no Congresso.
"O levantamento do embargo e o que ocorrerá com Guantánamo estão hoje mais nas mãos do
Parlamento, que é de maioria republicana, mas que ainda não definiu como será sua relação com o
presidente eleito. Portanto, creio que essas questões só serão definidas assim que saibamos em que
base se construirá a relação entre Trump e sua base no Congresso", diz Tokatlian.
COLÔMBIA
Já analistas do processo de paz na Colômbia veem com preocupação a chegada de Trump à Casa
Branca. Enquanto Barack Obama vinha dando total apoio a uma saída negociada do conflito entre o
Estado e as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), é possível que Trump, por seu
discurso agressivo contra o terrorismo, prefira um retorno à defesa do confronto bélico com a
guerrilha, que os EUA já apoiou em gestões de presidentes colombianos anteriores.
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Também preocupa o fato de que Obama havia prometido uma ajuda de US$ 450 milhões para o
chamado "pós-conflito", período que viria depois da referendação do acordo de paz, algo que ainda
não ocorreu e que não se sabe se será mantido quando e se o novo acordo for aprovado.
"Creio que Juan Manuel Santos é um político muito pragmático e provavelmente saberá como
apresentar a Trump em que ponto está o processo e de fazer com que o apoio dos EUA não mude.
Mas, obviamente, não se deve subestimar a habilidade do ex-presidente Álvaro Uribe [defensor do
"não" ao acordo], com quem Trump teria mais afinidade de discurso. Uribe obviamente irá tentar
trazê-lo para seu lado", diz Anderson.
VENEZUELA
Com relação à Venezuela, Tokatlian pensa que Trump não assumirá, num primeiro momento, uma
postura de confronto, uma vez que os diálogos entre governo e oposição, mediados pelo Vaticano,
têm apontado para uma possível nova eleição no primeiro semestre do ano que vem.
"Se o caminho for esse mesmo, não creio que Trump queira adotar uma postura agressiva nesse
front, até porque é uma situação muito delicada e perigosa, que que não trará benefícios diretos aos
EUA. Creio que parecerá mais prudente, para ele, que o conflito se resolva entre os venezuelanos",
diz Tokatlian.
Anderson é mais cético. "Por ser mais combativo por natureza, é possível que Trump não veja esse
debate de modo tão suave e queira interferir. Mas é cedo para saber, é preciso esperar."
FLÓRIDA
Para Tokatlian, a imprensa errou ao caracterizar o voto latino como automaticamente pródemocratas. "Na Flórida, especialmente, há cubanos que não estavam satisfeitos com o fato de
Obama não ter sido mais duro com Fidel Castro, há venezuelanos que queriam que os EUA
pressionassem mais Maduro e colombianos contra as negociações de paz com as Farc. Imaginar que
o voto latino não iria, pelo menos em parte considerável, para o candidato republicano mostrou-se
algo equivocado."
ILUMINISMO EM CRISE
Para o analista e jornalista britânico John Carlin, que havia escrito no "El País" o artigo "2016 - o Ano
em que Vivemos Estupidamente", relacionando o Brexit com a vitória do "não" na Colômbia e com
a ascensão de Trump, a confirmação de sua vitória significa que entramos "definitivamente na época
da pós-verdade, em que mentir de forma desavergonhada premia os que o fazem", como disse à
Folha.
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Para Carlin, foi a mensagem mentirosa, mas embalada de forma eficiente e potencializada pela
polarização das redes sociais, que promoveu a vitória do "leave" no Brexit, a do "não" na Colômbia
e agora a chegada de Trump à Casa Branca.
"Trump é um mentiroso, e isso funcionou para ele como a mentira funcionou para Boris Johnson no
Reino Unido e para Uribe, na Colômbia."
E completou: "Vivemos num mundo em que o Iluminismo está em crise, e o conhecimento, cada vez
mais em baixa. Só isso explica esses resultados."
Fonte:
http://www1.folha.uol.com.br/mundo/2016/11/1830794-analistas-preveem-impacto-
sobretudo-economico-na-america-latina.shtml
VALOR ECONÔMICO
http://www.valor.com.br/
Brasil
Possíveis barreiras a produtos agrícolas causam apreensão
Por Estevão Taiar, Marta Watanabe e Maria Cristina Fernandes | De São Paulo
10/11/2016 às 05h00
Sob a gestão do presidente eleito Donald Trump, os Estados Unidos devem colocar em prática política
mais protecionista que pode afetar a exportação brasileira de produtos agrícolas e de bens
manufaturados. Esse impacto, porém, deve ter efeitos mais limitados, já que o Brasil vem perdendo
espaço dentro das relações comerciais americanas.
A eleição de Trump "pode representar uma pedrinha no crescimento das nossas exportações", já
que o país é o segundo maior parceiro comercial e destino de 20% das exportações brasileiras, diz
o economista e professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV) Mauro Rochlin. Mesmo assim, os
prejuízos para o Brasil serão limitados, acredita ele. "A gente tem que relativizar o discurso do
candidato e o discurso do presidente", diz.
A incerteza provocada pela eleição de Trump não deve ser um grande empecilho para a retomada
do crescimento no Brasil, desde que o governo Michel Temer consiga a aprovação de reformas como
a PEC dos gastos e as mudanças previdenciárias, segundo o sócio da 4E Consultoria, Juan Jensen.
"A gente está com problemas muito mais domésticos do que externos, principalmente no campo
fiscal."
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Jensen destaca que, apesar de os EUA serem o segundo maior parceiro comercial do Brasil, a
importância relativa do comércio entre as duas nações vem perdendo espaço para transações
norte-americanas com outros países. Entre eles, estão Colômbia, Chile e Peru. Por isso, o comércio
entre Brasil e EUA "seria menos afetado" caso o maior isolamento americano se confirme.
Welber Barral, sócio da Barral M Jorge Consultores e ex-secretário de comércio exterior, destaca que
Trump deve ficar sob forte pressão por subsídios por conta do apoio recebido dos Estados agrícolas
e também pela grande votação que teve em regiões com indústria tradicional, mas que perdeu
competitividade. Uma política mais protecionista pode resultar em maiores barreiras tarifárias ou não
na venda de produtos brasileiros aos EUA, não somente do setor agrícola como também de
manufaturados. Além disso, com elevação de subsídios, os americanos terão maior competitividade
e, por ter volume e poder de consumo, poderão pressionar os preços globais
de produtos agrícolas para baixo.
Para José Augusto de Castro, presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), diz que
para cumprir promessa de reindustrialização do país, Trump precisará reduzir o déficit da balança
comercial americana com vários parceiros importantes, o que significa restrições à importação e
estímulos para fazer o capital americano voltar a produzir nos Estados Unidos. Essa política, diz
Castro, pode afetar o comércio intracompanhia, muito representativo entre o Brasil e os americanos.
Ricardo Sennes, do Gacint, da USP, pondera que, embora deva ter dificuldades para aprovar agenda
protecionista no Congresso, Trump pode tomar medidas que dependam mais do Executivo, como
ações no campo da defesa comercial, antidumping, ou mesmo em termos de facilitação de comércio
e licenças. "Política externa e política comercial são as áreas em que um presidente tem mais poder
de influenciar sem depender muito do Congresso." Nesses campos, a previsão de Sennes é que o
protecionismo de Trump atinja vários setores no Brasil, "desde aço, soja, carne, até bens de maior
valor agregado, como aviões da Embraer e serviços de tecnologia da informação", afirma Sennes.
Ainda assim, no entanto, os efeitos seriam pouco significativos, já que o Brasil não está no foco dos
EUA.
No cenário traçado pelo conselheiro da Gávea Investimentos, Fábio Barbosa, o capítulo de maior
preocupação é a política externa americana e as diretrizes de combate ao terrorismo, meio ambiente
e imigração, ainda que o impacto interno não possa ser desprezado. "Ainda não sabemos qual será
a política econômica dele, mas um mundo mais protecionista nunca será bom para o Brasil." Mesmo
com eventuais impactos sobre a balança brasileira, o executivo diz que não há parâmetro de
comparação com as mudanças que países como o México, excessivamente dependentes das compras
americanas, podem vir a enfrentar. (colaborou Sergio Lamucci).
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Fonte:
http://www.valor.com.br/brasil/4772207/possiveis-barreiras-produtos-agricolas-causam-
apreensao
Pressão de múltis deve moderar protecionismo
Por Daniel Rittner | De Brasília
10/11/2016 às 05h00
O forte peso do setor privado nas relações comerciais entre Estados Unidos e Brasil deve conter o
recrudescimento do protecionismo americano contra produtos brasileiros no futuro governo do
republicano Donald Trump.
Grande parte do comércio bilateral - principalmente de bens industrializados - é feito entre
subsidiárias do mesmo grupo, o que é conhecido como transações intrafirma.
Setores do governo responsáveis pela área de comércio exterior acreditam que a pressão das
multinacionais jogará contra uma escalada protecionista nos Estados Unidos. Elas têm aversão à
possibilidade de remanejamento súbito de suas linhas de produção e certamente vão deixar isso
claro à Casa Branca.
Além disso, os americanos acumulam superávit de US$ 35 bilhões com o Brasil nos últimos cinco
anos. É verdade que esse saldo vem caindo e foi reduzido para US$ 847 milhões, nos dez primeiros
meses de 2016, mas avalia-se que ainda se trata de cifra suficiente para tirar os exportadores
brasileiros do foco imediato de novas restrições.
Algumas dúvidas, no entanto, permanecem. Uma delas envolve a indústria siderúrgica. A última
gestão republicana, de George W. Bush, levou ao limite a proteção para as defasadas usinas de aço
americanas. Na reta final de seu governo, o presidente Barack Obama ressuscitou a onda
protecionista no setor. O governo brasileiro reagiu e decidiu acionar a Organização Mundial do
Comércio (OMC) contra os Estados Unidos, por causa de barreiras aos laminados planos da CSN e
da Usiminas. (ver a reportagem País vai contestar na OMC sobretaxa dos EUA ao aço) A questão é
se, com Trump na Casa Branca, esse problema não vai apenas piorar.
Há outras duas fontes de preocupação com a postura do republicano recémeleito. Uma é a
possibilidade de mais subsídios à agricultura para agradar segmentos da economia americana que
foram abertamente favoráveis a Trump. Outra preocupação é o risco de congelamento de acordos,
como a Parceria Transpacífica (TPP), no exato momento em que o Brasil dava mostras de
engajamento na abertura comercial.
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Sem nenhum palpite firme sobre o que acontecerá, o governo brasileiro chama atenção ainda sobre
os desdobramentos das futuras ações de Trump.
O eventual abandono das negociações para a Parceria Transatlântica - acordo de livre comércio entre
Estados Unidos e União Europeia - pode até favorecer a discussão entre o Mercosul e a UE. Por outro
lado, novas barreiras impostas à China podem direcionar mais produtos chineses para o Brasil, justo
quando os chineses devem ganhar status de economia de mercado.
Fonte: http://www.valor.com.br/brasil/4772199/pressao-de-multis-deve-moderar-protecionismo
Empresas
Expectativa da siderurgia brasileira é de mais proteção ao aço americano
Por Ivo Ribeiro | De São Paulo
10/11/2016 às 05h00
O setor siderúrgico considera que ainda é cedo para saber o impacto de medidas protecionistas que
venham a ser tomadas pelo novo presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre
exportações brasileiras de aço ao mercado americano, avalia Marco Polo de Melo Lopes, presidente
executivo do Instituto Aço Brasil.
O país é um tradicional exportador de aço para o mercado americano, um dos maiores do mundo,
depois da China. Ao longo de vários governos dos EUA, empresas brasileiras têm sido alvo de
processos de subsídios e de ações antidumping nas vendas ao país.
Segundo Lopes, historicamente os governos republicanos têm uma postura mais liberal que os
democratas. No entanto, lembra, foi durante a gestão de George Bush, em 2002, que foram tomadas
as medidas mais truculentas de proteção da indústria do aço local. Na época, Bush adotou a chamada
Seção 201, um pacote de medidas de salvaguardas que impôs cotas de importação de aço, além de
tarifas. A sobretaxa sobre as chapas de aço, além da cota, foi inicialmente de 30%.
O executivo do Aço Brasil destaca inda que no governo de Ronald Reagan, nos anos 80, também
houve medidas de proteção ao aço americano, bem como no seguinte, de outro republicano, George
Bush (pai). Mas observa que o setor não escapou da mira de Bill Clinton, que impôs vários processos
antidumping ao Brasil. "Independentemente de um republicano ou um democrata no poder, o setor
siderúrgico americano sempre tem atenção especial do governo", afirma Lopes.
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Atualmente, sob a gestão de Barack Obama, várias ações antidumping contra aço importado de
várias origens, inclusive de China, atingiram exportações de produtos fabricados por Usiminas e CSN.
"A siderurgia americana, em qualquer governo, é considerada estratégica", observa.
Para o executivo, ainda há um grande ponto de interrogação sobre Trump. "É uma caixa preta.
Temos de ver se agirá como o personagem da campanha ou como presidente de fato." Mas, ressalta:
"Se Trump entregar tudo o que falou ao longo da sua campanha, vai ser um grande desastre".
Fonte: http://www.valor.com.br/empresas/4772169/expectativa-da-siderurgia-brasileira-e-de-maisprotecao-ao-aco-americano
Internacional
Equipe de transição trabalha em medidas de impacto logo de início
Por Michael C. Bender e Beth Reinhard | The Wall Street Journal
10/11/2016 às 05h00
Enquanto Donald Trump atraía multidões para seus comícios de campanha, um pequeno grupo de
aliados - inclusive uma equipe dedicada à construção de um muro ao longo da fronteira entre Estados
Unidos e México - se reunia num escritório, em Washington, para planejar os primeiros meses de
mandato do presidente eleito.
A equipe de transição de Trump, tal como suas operações de campanha, é muito menor do que a
dos candidatos republicanos anteriores e não produziu as volumosas propostas de política e
legislação exigidas por eles, inclusive Mitt Romney, quatro anos atrás.
Em vez disso, a equipe produz sobretudo memorandos de no máximo 20 páginas sobre itens
específicos: O que Trump precisa saber sobre o Departamento do Tesouro? Qual é a finalidade do
Conselho Econômico Nacional? Quais questões têm prioridade no primeiro dia, nos primeiros 100
dias e nos primeiros 200?
A equipe também está montando uma lista de pessoas para preencher os principais cargos no
governo Trump. Alguns têm estado bem próximos ao presidente recém-eleito. Entre os cogitados
para secretário de Justiça estão o governador de Nova Jersey, Chris Christie, um dos principais
consultores da campanha e chefe da equipe de transição de Trump, e o governador de Arkansas,
Asa Hutchinson, dizem dois assessores. A pequena equipe de campanha de Trump, que incluiu Rudy
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Giuliani, ex-prefeito de Nova York, e Newt Gingrich, ex- presidente da Câmara, pode formar o núcleo
do novo governo. Os nomes discutidos para o departamento de Saúde e Serviço Social
incluem o governador da Louisiana, Bobby Jindal, e Ben Carson, um dos rivais de Trump nas
primárias.
O chefe de gabinete deve ser apontado daqui a duas semanas, e haverá uma corrida para nomear
e aprovar o gabinete até duas semanas antes da posse, diz Mike Leavitt, ex-governador de Utah e
consultor da equipe de transição.
"A prioridade é colocar uma equipe em campo", diz Leavitt. "Vamos começar a ver propostas
significativas sendo apresentadas, embora sem necessariamente a expectativa de que sejam
aprovadas de imediato. Mas existe a necessidade de colocar as propostas à mesa. Não sei até que
ponto elas estão preparadas neste momento."
Trump esboçou um plano geral dos seus primeiros dias no cargo num discurso em outubro, na cidade
de Gettysburg, Pensilvânia, que foi ofuscado na ocasião por sua ameaça de processar mulheres que
o acusaram de assédio sexual.
As medidas, disse ele, seriam destinadas a acabar com a corrupção e "o conluio de interesses
especiais". Ele também prometeu proteger os trabalhadores americanos e "restaurar a segurança e
o Estado de direito constitucional".
O plano incluía congelar a contratação de novos servidores federais, excetuando cargos militares e
de segurança e saúde pública. Ele prometeu eliminar duas regulações para cada nova criada. E quer
impor uma quarentena de cinco anos antes que pessoas que deixem o Executivo e Legislativo possam
trabalhar como lobistas.
Em seus primeiros dias no cargo, Trump pretende anunciar que vai reabrir o Tratato Norte-Americano
de Livre Comércio (Nafta) e se retirar da Parceria Nafta Transpacífico (TPP). Ele planeja pedir a seu
secretário de Comércio para identificar, e então remediar, todos os "abusos" de comércio exterior
"que afetam injustamente os trabalhadores americanos". E quer ainda cancelar restrições à
exploração de reservas de petróleo, aprovar o oleoduto Keystone e cancelar bilhões de dólares em
pagamentos aos programas das ONU destinados a mitigar as mudanças climáticas.
O empresário nova-iorquino prometeu revogar a promessa do presidente Barack Obama de proteger
contra a deportação imigrantes sem documentos trazidos para o país na infância, além de começar
a deportar até 2 milhões de imigrantes sem documentos que tenham antecedentes criminais.
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"Ele vai se concentrar em três a cinco reformas estruturais desde o primeiro dia, incluindo o controle
da fronteira sul", disse Gingrich sobre os primeiros cem dias do governo Trump. "Isso vai incluir,
quase com certeza, uma reforma radical do serviço público para permitir demitir pessoas
incompetentes, ou corruptas, ou que estejam infringindo a lei".
A equipe de transição, que se reúne a cerca de um quarteirão da Casa Branca, ocupa dois andares.
Os que trabalham nas nomeações se reúnem num deles, incluindo Christie, que chefia a transição;
Rich Bagger, ex-senador de Nova Jersey, hoje diretor-executivo da transição; e Ed Feulner,
ex-presidente do grupo de estudos Fundação Heritage e principal assessor da equipe para política
doméstica. No outro andar ficam as cinco principais equipes de políticas, sob a supervisão de Ron
Nicol, ex-oficial da Marinha e veterano consultor do Boston Consulting Group.
A equipe econômica é liderada por William Walton, diretor de uma empresa de private equity, e
David Malpass, que foi economista-chefe do banco Bear Stearns e candidato republicano ao Senado
em Nova York, em 2010.
A equipe de imigração é composta por pessoas ligadas ao senador Jeff Sessions, republicano do
Alabama que há muito defende leis de imigração mais rígidas, e inclui um grupo dedicado a planejar
a construção do muro de Trump na fronteira entre os EUA e o México.
"Esta é a minha promessa para vocês", disse Trump em Gettysburg. "Se seguirmos esses passos,
teremos mais uma vez um governo do povo, pelo povo e para o povo. E, o mais importante,
tornaremos a América grande outra vez."
Fonte: http://www.valor.com.br/internacional/4772249/equipe-de-transicao-trabalha-em-medidasde-impacto-logo-de-inicio
Protecionismo de Trump ameaça gerar guerra comercial
Por Assis Moreira | Genebra
10/11/2016 às 05h00
Um dos maiores riscos para o resto do mundo com a eleição de Donald Trump é os Estados Unidos,
a maior economia do mundo, concretizar a ameaça do candidato em direção ao protecionismo,
provocando retaliações de parceiros, concordam analistas.
Em sua campanha eleitoral, Trump prometeu retirar os EUA de alianças comerciais, renegociar o
Nafta (Acordo de Comércio da América do Norte, com o Canadá e o México), destruir o ainda não
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ratificado acordo de Parceria Transpacífico (TPP), impor barreiras às importações procedentes da
China e do México e apontar Pequim como manipulador da taxa cambial.
Porém, poucos esperam que ele chegue em janeiro à Casa Branca cumprindo a ameaça de impor
imediatamente tarifas adicionais de 35% e 45% contra produtos originários do México e da China.
Tudo isso gera retaliação. A China, segunda economia do mundo, tem poder para machucar a
economia dos EUA. Vários Estados americanos também têm amplos negócios com os mexicanos.
"Trump vai enfrentar forte pressão diplomática quando assumir e não se pode esperar guerra
comercial a menos que ele queira realmente iniciar uma briga dura com a China e o México, seus
alvos na campanha", avalia Simon Evenett, professor de comércio internacional na Universidade de
Saint Gall, na Suíça.
A inquietação, em todo caso, é grande na cena comercial, porque a simples retórica isolacionista já
causa danos aos negócios. Para se ter uma ideia do impacto de uma briga comercial entre os EUA e
a China, basta ver estimativas do Fundo Monetário Internacional (FMI) feitas durante a campanha
americana: um súbito aumento de protecionismo significaria, no mínimo, 0,2% de redução no
crescimento nacional e queda de 2% nas importações e também nas exportações.
Com as barreiras se propagando, o choque potencial com a alta de alíquotas e de barreiras não
tarifárias no comércio mundial implicaria num aumento de preços de importação de 10% em três
anos. O crescimento global cairia 2%, investimentos diminuiriam e o comércio internacional
continuaria a cair por cinco anos.
Por outro lado, a chegada de Trump no poder terá impacto duradouro nas já combalidas negociações
para liberalização do comércio internacional.
"A OMC [Organização Mundial de Comércio] está paralisada, sem negociações importantes, e a
eleição de Trump vai reforçar essa tendência negativa", avalia Evennet.
O Brasil reconhece a dificuldade. O subsecretário de assuntos econômicos e financeiros do Itamaraty,
embaixador Carlos Márcio Cozendey, vê um "desafio" maior agora para os países alcançarem algum
acordo sobre disciplinamento dos subsídios agrícolas no ano que vem na conferência ministerial da
OMC a ser realizada em Buenos Aires.
"Mas é um desafio que aceitamos, porque é importante seguir avançando na OMC nas regras sobre
o comércio agrícola internacional", declarou.
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Para analistas da consultoria Capital Economics, o mais provável no caso da China é que Trump
venha a rotular a segunda maior economia do mundo como um país manipulador da taxa cambial,
sem impacto econômico imediato.
A maior surpresa desta eleição presidencial nos EUA foi o desempenho melhor que o esperado de
Trump no chamado Cinturão da Ferrugem, Estados que formam o coração industrial dos EUA, como
Pensilvânia, Michigan, Wisconsin e Ohio. Esses são Estados que normalmente votam em candidatos
democratas.
Segundo pesquisas de boca de urna, Trump obteve um forte apoio do voto operário, sindicalizado,
um tradicional bastião democrata. Para atrair esse eleitor, o discurso protecionista parece ter sido
determinante. Assim, após a posse em janeiro, Trump terá de entregar parte do protecionismo que
prometeu na campanha eleitoral. Essa será uma das principais ameaças à economia mundial nos
próximos meses e anos.
Para o banco francês Natixis, a eleição de Trump na verdade é uma boa notícia para a China, por
significar mais comércio e menos saída de capital. A economista-chefe do banco na Ásia, Alicia
Herrera, considera que, com Trump na Casa Branca dificilmente o Congresso vai ratificar o acordo
de Parceria Transatlântica de Comércio e Investimento (TTIP). E isso criará espaço adicional para a
China assinar acordos bilaterais ou regionais com outras economias asiáticas e mesmo fora, como o
México.
No geral, o protecionismo americano poderá levar a China a aumentar sua fatia de exportações nos
emergentes, particularmente na Ásia, contrabalançando uma redução nas exportações para os EUA.
Na prática, a concorrência vai aumentar nos mercados.
Segundo, durante a campanha eleitoral Trump não cessou de criticar o Federal Reserve (Fed, o
banco central americano). Para Natixis, parece claro que ele vai pressionar por condições monetárias
flexíveis por mais tempo e assim enfraquecer o dólar, para apoiar o crescimento econômico. Para a
analista, isso é música para a China, que tem sofrido maciça saída de capital nos últimos dois anos.
Depois de ter alertado para uma "catástrofe" no comércio mundial, em caso de aumento de medidas
protecionistas em países desenvolvidos, o diretorgeral da OMC, Roberto Azevêdo, escreveu no
Twitter, destacando que a liderança dos EUA na economia global e no sistema multilateral de
comércio permanecem vitais.
Fonte:
http://www.valor.com.br/internacional/4772239/protecionismo-de-trump-ameaca-gerar-
guerra-comercial
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O GLOBO
http://www.globo.com/
Economia
Crescimento de emergentes pode estar ganhando força, diz OCDE
Dinâmica de crescimento estável é prevista para EUA, Japão e Europa.
Na Alemanha e no Canadá, indicador aponta que crescimento ganha força.
09/11/2016 10h51 - Atualizado em 09/11/2016 13h57
Da Reuters
O crescimento econômico parece estar ganhando força na China e no Brasil, bem como em outras
economias emergentes como a Índia e a Rússia, de acordo com o indicador mensal publicado pela
Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
A OCDE informou que a última leitura de seu indicador, que tem como objetivo sinalizar pontos de
virada na atividade econômica, indicou ímpeto de crescimento estável na região da OCDE como um
todo e melhora nas grandes economias emergentes.
Uma dinâmica de crescimento estável é prevista para os Estados Unidos, Japão e zona do euro como
um todo, incluindo a França e a Itália, disse a organização.
O mesmo é esperado no curto prazo no Reino Unido, completou a OCDE, acrescentando que "a
incerteza persiste sobre a natureza do acordo que o Reino Unido eventualmente fará com a UE".
Na Alemanha e no Canadá, o indicador apontou que o crescimento ganha força, disse a OCDE.
Fonte:
http://g1.globo.com/economia/noticia/2016/11/crescimento-de-emergentes-pode-estar-
ganhando-forca-diz-ocde.html
AGÊNCIA BRASIL
http://agenciabrasil.ebc.com.br/
Economia
Para entidades, vitória de Trump esfria acordos bilaterais com os EUA
Bruno Bocchini - Repórter da Agência Brasil
09/11/2016 22h53 São Paulo
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Executivos da Câmara Americana de Comércio Brasil-Estados Unidos (Amcham) e da Federação das
Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) avaliaram hoje (9) que a vitória de Donald Trump na
eleição presidencial americana deverá esfriar as negociações de acordos bilaterais que envolvam os
Estados Unidos. Para a CEO da Amcham, Deborah Vieitas, os Estados Unidos deverão se tornar mais
protecionistas, caso se concretize o discurso do candidato republicano em sua campanha eleitoral.
No entanto, o país não deixará de ser um importante parceiro comercial brasileiro.
“Os mega acordos comerciais que estão pendentes de aprovação, como a Parceria Transpacífico e
o acordo em negociação com a União Europeia, talvez tenham um certo esfriamento, já que as
questões internas nos Estados Unidos devem dominar a agenda do novo presidente”, diz.
“Eu sei que isso [os grandes acordos] não será necessariamente a primeira prioridade, e que a
perspectiva para nós chegarmos a um acordo bilateral de comércio com os Estados Unidos se torna
ainda mais longínqua. Mas isso não vai fazer com que os Estados Unidos deixem de ser um parceiro
comercial importante para o Brasil”, disse Vieitas.
Para a CEO da Amcham, a aproximação regulatória entre os dois países, que envolvem
procedimentos regulatórios e de aduana, deve continuar a evoluir. Segundo ela, os investidores
americanos também devem continuar a ter “cada vez mais apetite” no Brasil. “Entendo que haverá
cada vez mais apetite dos americanos, e de outros investidores, conforme nós, no Brasil, pudermos
ter o programa do presidente Temer tornando mais concreto e assim como a aprovação das
principais reformas que ele propõe", acredita.
Indústria
Thomaz Zanoto, diretor titular de Relações Internacionais e Comércio Exterior da Federação das
Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) ressalta que os impactos no Brasil da eleição de Trump
deverão ser limitados porque o comércio entre os países é feito principalmente com a participação
de multinacionais americanas instaladas no Brasil, no chamado "intra company trade". “É a própria
multinacional americana, que tem presença forte no Brasil, que transaciona ou com clientes ou com
a matriz nos Estados Unidos. É um processo interno das companhias”, destacou.
Para ele, a situação entre os países é de muita proximidade. No entanto, um acordo de livre comércio
não deverá ocorrer. “Se nós tivéssemos nesse momento negociando um acordo de livre comércio
com os Estados Unidos, em estágio avançado, seria uma pena, porque talvez o acordo não se
concretizasse. Mas isso não está ocorrendo. O trabalho que temos com muita intensidade com os
Estados Unidos é um trabalho muito de nível técnico,
a chamada convergência regulatória”,
destacou.
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25
Fonte: http://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2016-11/para-entidades-vitoria-de-trumpesfria-acordos-bilaterais-com-os-eua
Argentina
LA NACIÓN (ARGENTINA)
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Economia
El efecto Trump en la economía argentina: dificultades para lograr
financiamiento e integración comercial
Hay incertidumbre en funcionarios y analistas de la economía internacional; la esperanza
reside en que el candidato se modere en el poder por el peso del partido republicano en
el Congreso
MIÉRCOLES 09 DE NOVIEMBRE DE 2016 • 12:21
Una mayor lentitud para conseguir inversiones y mayores dificultades para negociar acuerdos de
libre comercio conforman el contexto con el que deberá lidiar la Argentina a partir del triunfo de
Donald Trump.
"Esto es un desastre, se viene una guerra de monedas y un mundo que puede ser parecido al que
hubo entre las dos guerras mundiales", confesó a LA NACION un importante funcionario del área
económica que, como varios de sus colegas, había tejido excelentes relaciones con los funcionarios
demócratas.
Luego de 11 meses de relaciones bilaterales muy armónicas, el Gobierno vuelve al punto inicial. De
todos modos, en el Departamento de Estado creen que la encendida retórica electoral se apaciguará
en forma tajante una vez que Donald Trump asuma el poder y que el vínculo bilateral seguirá
consolidándose.
Nadie cree que Trump pueda cumplir con sus contradictorias promesas de la campaña electoral
porque perjudicaría el crecimiento de Estados Unidos y el partido republicano -que manejará ambas
cámaras- será el primer en impedírselo. De hecho, los analistas políticos pensaban que el
proteccionismo tenía más viabilidad si el Congreso quedaba en manos de los demócratas.
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26
Pero eso no significa que el mercado no siga asustado por unos cuantos días hasta que se sepa el
programa y el equipo del republicano. Para el Tesoro se habla del ex ejecutivo de Goldman Sachs,
Steve Mnuchin.
El ex secretario de Finanzas Daniel Marx sostuvo que "se puede esperar que esto afecte algo el
comercio en forma lenta e indirecta; y, por medidas fiscales que se cree que va a tomar, pondrá más
presión a la suba de tasas de mediano y largo plazo, lo cual afectará el precio de las materias primas
y encarecerá el costo del financiamiento".
José Siaba Serrate afirmó a LA NACION: "Si arreglamos con los holdouts vamos a poder arreglar con
Trump. No sé si será lo mismo que con Obama, porque la economía se cerrará, pero tampoco puede
cumplir con todo lo que dijo en la campaña porque lo primero que perjudicaría sería al propio
crecimiento de los Estados Unidos".
"Esto es parecido al Brexit: primero el efecto parecía ser muy negativo para la Argentina pero luego
el pánico se diluyó en términos financieros. Con la guerra arancelaria que prometió, puede pasar
algo similar: si ocurre, podría traducirse en devaluaciones sucesivas", expresó.
Por otro lado, indicó que si el Gobierno buscaba inversiones "muchas van a quedar en stand by".
Luis Palma Cané advirtió que "si Trump hace la mitad de lo que prometió en la campaña, el panorama
para la economía global es muy malo". En particular, "a la Argentina lo perjudicaría porque se
demorará la integración con Estados Unidos y habrá fuga de capitales de los países emergentes".
De todos modos, aclaró que "puede ser que se cumpla el teorema de Baglini y deje de lado muchas
de las cosas que dijo en la campaña".
En el mismo sentido, el director de la consultora DNI, Marcelo Elizondo, dijo que "nadie se tira un
tiro en el pie el panorama está bastante más lleno de preguntas que de respuestas"
"Creo que Trump tiene una agenda de reversión de la globalización productiva, pero será más
moderada que lo previsto, porque en el partido republicano tiene una influencia muy grande el libre
comercio", explicó.
"Si la Argentina quiere seguir con su agenda de integración, deberá pensar en otros actores que no
sean Estados Unidos o Europa. Y, además, ya no será tan cómodo conseguir financiamiento, que en
este programa económico es un pilar fundamental", aseguró.
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En cambio, el ex presidente del Banco Central Mario Blejer dijo que "el ambiente se ha deteriorado
respecto de la liberalización, pero todo será mucho más moderado que lo que se dice".
Respecto de la Argentina, aseguró que "Trump tiene que cambiar de idea para no verla alineada con
Venezuela. En cuanto a las inversiones, su triunfo puede favorecer a la Argentina, porque los
empresarios tienen que elegir algún lugar para invertir".
En este sentido, Mariano Sardans de FDI dijo que "si las tasas de interés suben más rápido como
muchos prevén, eso va a afectar más a los bonos del resto de la región que a los bonos argentinos".
"Habrá nubarrones por un par de días, pero seguirán ingresando capitales. No nos afecta en lo
fundamental. En los mercados, a pesar de la montaña rusa, no va a pasar nada", concluyó, optimista.
Fonte:
http://www.lanacion.com.ar/1954647-el-efecto-trump-en-la-economia-argentina-
dificultades-para-lograr-financiamiento-e-integracion-comercial
PAGINA 12 (ARGENTINA)
www.pagina12.com.ar
El Mundo
Qué puede esperar América latina
Por Leandro Morgenfeld *
¿Cómo va a impactar el inesperado triunfo de Trump en la relación de Estados Unidos con América
latina?¿Qué pasará con la inmigración hispana, el bloqueo a Cuba, el Acuerdo Transpacífico (TPP),
el proceso de paz en Colombia, la relación con Venezuela y el tratamiento de las “amenazas” del
narcotráfico y el terrorismo
Obama, en su segundo mandato, logró recuperar parte del dominio regional que su país ejerció en
la región desde la posguerra. Gracias a la caída del precio de los commodities, al debilitamiento del
eje bolivariano y al giro neoliberal en Argentina y Brasil, la Casa Blanca encontró condiciones para
retomar la iniciativa interamericana. Avanzó hacia la normalización de las relaciones diplomáticas
con Cuba y terminó respaldando las negociaciones de Santos con las FARC. Logró que México, Perú
y Colombia firmaran en febrero el TPP, que aguarda su ratificación en el congreso estadounidense,
y en marzo hizo una gira histórica, visitando La Habana y Buenos Aires. Un triunfo de Hillary Clinton
hubiera implicado mayormente continuidad: más tratados de libre comercio, un reposicionamiento
de la OEA y una consolidación de la hegemonía en lo que históricamente consideran su patio trasero.
El inesperado triunfo del magnate misógino modifica ese previsible escenario.
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Uno de los tópicos sobre los que giró su prédica electoral es el de los inmigrantes ilegales. A pesar
de que el capital se nutre de los millones de indocumentados, para superexplotarlos, también los
utiliza para canalizar contra ellos el malestar social, producto del desempleo y la creciente pobreza
y desigualdad, que se dispararon tras la crisis de 2008. Así, el discurso xenófobo de Trump encontró
eco en trabajadores industriales blancos que empeoraron sus condiciones de vida en los últimos
años. Descarga en los inmigrantes hispanos la responsabilidad por la crisis y a la vez logra fragmentar
la solidaridad de clase de los trabajadores, incentivando las tensiones raciales. La política expulsiva
ya existe antes de Trump. Durante las administraciones de Bush y Obama se deportaron 5 millones
de indocumentados. Más allá de si el nuevo mandatario podrá avanzar en la ampliación del muro
con México (que ya existe) o acelerar las deportaciones masivas, lo cierto es que su xenofobia
explícita genera un creciente rechazo en la región.
También está en juego el proceso de normalización de las relaciones con Cuba. Trump fue uno de
los pocos precandidatos republicanos que se pronunciaron a favor de la distensión con Cuba, pero
recientemente modificó esa posición, para capturar el voto anticastrista de Florida, y prometió
revertir el deshielo que iniciaron Obama y Castro en 2014. Si bien es difícil pensar en una vuelta
atrás que interrumpa nuevamente las relaciones diplomáticas, sí se avizora un horizonte más
complejo para levantar el embargo financiero, comercial y económico que hace décadas hostiga a la
isla y rechaza el mundo entero.
Otro interrogante es si habrá reversión (o no) en la “guerra a las drogas”. Esta última es utilizada
como excusa, junto a la lucha contra el terrorismo, para la perpetuación del injerencismo militar en
la región –una extensa red de bases militares se ampliaron durante la Administración Obama–.
Trump coqueteó con un discurso más aislacionista, pero no se pronunció sobre este tópico en
particular. ¿Habrá un repliegue militar? Difícil imaginarlo.
Al mismo tiempo, está en juego qué vínculo mantendrá Estados Unidos con el gobierno de Nicolás
Maduro y con los demás países no alineados –Bolivia, Ecuador, Nicaragua–. ¿Mantendrá la línea de
Obama, que acaba de enviar a Thomas Shannon para facilitar el diálogo político con la oposición que
impulsa el papa Francisco? ¿U optará por la vía destituyente que busca la caída del gobierno chavista,
aun si eso genera una guerra civil? El mismo interrogante se traslada al país vecino, Colombia, cuyo
proceso de paz debe reencauzarse, luego del traspié que sufrió con el plebiscito. ¿Respaldará a
Santos, o les dará cabida a los halcones del Pentágono afines a Uribe, que pretende obstaculizar el
cese del fuego?
La única buena noticia para la región es que el TPP, esa suerte de nuevo ALCA con el que Washington
pretendía abrir las economías latinoamericanas y limitar la presencia económica china en la región,
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difícilmente pueda ser ratificado. Trump, intentando captar el voto de los trabajadores blancos
descontentos, insistió recurrentemente en los efectos nefastos que tuvo el Tratado de Libre Comercio
de América del Norte (Nafta), que entró en vigencia en 1994, durante la Administración Clinton, y
prometió que descartará el TPP.
En síntesis, y más allá de todos los interrogantes e incertidumbres planteados más arriba, es
previsible que con Trump se reflote el sentimiento antiyanqui que hace más de una década provocó
George W. Bush en la región. A los gobiernos derechistas, como el de Macri, alinearse con un
mandatario tan impopular les acarreará mayores costos políticos internos. Peña Nieto lo vivió en
carne propia hace algunas semanas, cuando lo invitó a México y todo terminó en un escándalo. El
triunfo de Trump va a complicar la estrategia estadounidense de recuperar el pleno control en
Nuestra América, desafiado de múltiples formas en lo que va del siglo XXI.
@leandromorgen
* Profesor UBA. Investigador Adjunto del Conicet. Cocordinador del Grupo Clacso
“Estudios sobre EE.UU.”. Autor de Vecinos en conflicto.
Fonte: http://www.pagina12.com.ar/diario/elmundo/4-313894-2016-11-10.html
El Pais
La Unasur a la espera
La Secretaría General de la Unión de Naciones Suramericanas (Unasur) que encabeza el colombiano
Ernesto Samper expresó su respeto por lo decidido por el pueblo norteamericano en las elecciones
del martes pasado pero añadió que ahora esperará conocer los próximos pasos del presidente electo
respecto a la región. “Respetamos la decisión democrática del pueblo de los Estados Unidos y
abrimos un compás de espera mientras el presidente Donald Trump fija y aclara su posición respecto
a América Latina”, expresó el bloque regional, cuya sede se encuentra en Quito, en un comunicado
oficial. Unasur aseguró que aguardará la postura de Trump en algunos temas específicos como “los
migrantes, el libre comercio, el proceso de paz en Colombia, la apertura de las relaciones con Cuba,
el diálogo en Venezuela y su presencia militar en la región”. En distintos tramos de la extensa
campaña electoral norteamericana, ya sea para las primarias del Partido Republicana o para las
elecciones nacionales que se celebraron el martes, Trump expresó sus opiniones sobre esas
cuestiones y no precisamente en los términos en los que desearía el bloque regional.
Fonte: http://www.pagina12.com.ar/diario/elpais/1-313885-2016-11-10.html
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De las felicitaciones al rechazo
Un sector del macrismo elogió al líder republicano, mientras que la UCR se dividió entre la prudencia
y las críticas. Scioli sostuvo que Trump fue “demonizado” y en el massismo se mostraron
sorprendidos. Repudio de la izquierda.
El triunfo de Donald Trump en la elección presidencial de los Estados Unidos dividió opiniones en la
dirigencia política local y al interior de las propias coaliciones electorales. En la alianza Cambiemos
hubo felicitaciones, reclamos de prudencia y hasta consideraciones tales como: “la paz y la libertad
en el mundo están amenazadas”. Daniel Scioli dijo que él tuvo la “percepción” antes de la elección
de que “había un voto de rebelión de la clase trabajadora, de pequeñas y grandes empresas
tradicionales que se vieron afectadas por las políticas de apertura indiscriminada”, mientras que otros
peronistas le reprocharon a la Canciller argentina que “se comió la curva” al respaldar a Hillary
Clinton. En el massismo consideran que en campaña se dice una cosa y que en el poder se hace
otra.
- Daniel Lipovetzky (diputado PRO-Cambiemos): “Hay que felicitar a Donald Trump. Hizo una
gran campaña. La peleó desde abajo en las encuestas y con los medios en contra! Congrats!”, publicó
en la red social Twitter y agregó: “más allá de los aciertos de la campaña de Trump, el resultado
electoral en EE.UU. también revela que Hillary (Clinton) no era la mejor candidata”.
- Ricardo Alfonsín (diputado UCR-Cambiemos): “De algo estoy seguro, desde hoy el mundo
no será igual, desde hoy, la paz y la libertad están más amenazadas”, dijo y sostuvo que “en el fondo
es el capitalismo neoliberal, deshumanizado y salvaje, el que explica el nacimiento del ‘trumpismo’
no sólo en USA, sino en el mundo”.
- Julio Cobos (senador UCR-Cambiemos): El mendocino observó que el primer discurso de
Trump como presidente electo fue “mesurado y nada que ver con lo que dijo durante la campaña”.
“Nos queda la preocupación de muchos de sus dichos, de un nacionalismo exacerbado, y esto puede
impactar en las relaciones con el mundo y con nosotros en particular”, advirtió.
- Daniel Scioli (ex gobernador bonaerense PJ): “Hubo una demonización de un candidato que
tuvo todo en contra menos la voluntad de un pueblo que quería cambiar determinadas políticas”,
sostuvo Scioli. El ex candidato presidencial del PJ dijo que estando en los EE.UU. durante los últimos
días de campaña había tenido la “percepción” de que “había un voto de rebelión de la clase
trabajadora, de pequeñas y grandes empresas tradicionales que se vieron afectadas por las políticas
de apertura indiscriminada”. “Este resultado exige reflexionar y repensar el rol de las estructuras
políticas a las que Trump enfrentó”, planteó Scioli para afirmar que la candidata demócrata al
interpretar que el gobierno del demócrata ¡no estuvo a lado de la gente ni de sus necesidades!”
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- Jorge Taiana (presidente del Parlasur-Movimiento Evita): “Este resultado pone en evidencia
la crisis por la que atraviesa el proceso de globalización” y expresa “el malestar de amplios sectores
sociales por la creciente desigualdad”. “Trump expresa la idea del cambio por derecha”, consideró
el ex canciller y agregó que “otra de las consecuencias que muestra este resultado es la crisis del
sistema político basado en los partidos”. “Crecen la antipolítica y los liderazgos surgidos desde afuera
de ella, como es el caso de los empresarios exitosos que se convierten en políticos.”
- Julián Domínguez (ex presidente de la Cámara de Diputados FpV-PJ): “La curva que se
comió Malcorra perjudica los intereses de nuestro país”, dijo Domínguez sobre el apoyo de la canciller
a Clinton y agregó: “Malcorra tuvo una actitud poco profesional en la elección de Norteamérica”.
“Hasta ahora nuestra Cancillería estuvo al servicio de una candidatura personal a la ONU”, insistió.
- José Ignacio De Mendiguren (Diputado Frente Renovador): “Estamos todos un poco
sorprendidos pero en EE.UU. existen instituciones tan sólidas, no es el presidencialismo
norteamericano que llega alguien y hace lo que quiere, el equilibrio de poder funciona”, aseguró el
diputado massista desde los Estados Unidos. Marcó la diferencia de su discurso una vez que Trump
ganó la elección: “cuando se está fuera del poder se dicen un montón de cosas y cuando se llega,
la responsabilidad del cargo hace que se frene mucho más”, señaló De Mendiguren.
- Margarita Stolbizer (diputada GEN): “El mundo parece ir camino a un incremento de la
violencia en todas sus manifestaciones, como un sendero sin pistas para el retorno”, señaló Stolbizer
y remarcó que “esas expresiones han sido de lo más diversas, pero todas tienen en común el
fundamentalismo extremo que las motiva”. “Trump es un misógino explícito y sin vergüenza.
Discrimina, excluye, expulsa. Y no está solo”, sostuvo Stolbizer y lamentó que “no supimos ver que
el mundo marcha hacia la intolerancia, la violencia y el sectarismo”.
- Myriam Bregman (diputada FIT-PTS): “Primó el rechazo y la bronca al establishment de
Washington, que evidentemente (Hillary) Clinton lo representaba muy bien”. “Si Trump avanza con
el proteccionismo, que tanto promulgó durante su campaña, puede complicarse el panorama
económico de Macri, sobre todo en la entrada de capital especulativo financiero”, afirmó Bregman.
Fonte: http://www.pagina12.com.ar/diario/elpais/1-313882-2016-11-10.html
Paraguai
ABC (PARAGUAI)
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Internacionales
Banquero dice que lo peor en Brasil “ya ha pasado”
El presidente de filial brasileña del Banco Santander, Sergio Rial, consideró ayer que “lo
peor” en Brasil “ya ha pasado” y destacó que el país ha sabido encontrar el “camino
constitucional” para enderezar un “momento difícil”. Brasil tiene la gran oportunidad de
absorber la experiencia española, refirió.
SÃO PAULO (EFE). Sergio Rial se refirió, sin alusiones directas, al juicio político que amparado por la
constitución llevó en agosto a la destitución de la entonces mandataria Dilma Rousseff, quien fue
sustituida por el que fuera su vicepresidente, Michel Temer.
“Ahora estamos trabajando para enderezar los problemas macroeconómicos”, afirmó Rial en
declaraciones a Efe, durante la cena de gala de la Cámara Oficial Española de Comercio en Brasil,
de la que también es presidente.
El máximo ejecutivo de la entidad brasileña se mostró optimista con la coyuntura económica del país
de cara al próximo año, para cuando los economistas prevén un crecimiento del 1,20% del PIB, una
caída de las tasas de intereses y una inflación inferior al 5%.
Brasil cerró 2015 con una contracción del PIB del 3,80%, el peor resultado en los últimos 25 años,
y un alza de precios del 10,67%, muy por encima del techo máximo (6,50%) fijado por el Gobierno.
Para Rial, Brasil superó un “punto de inflexión” y tiene la “gran oportunidad” de absorber la
experiencia española en lo que respecta a impulsar medidas económicas, como la reforma laboral,
implantada por el Gobierno del presidente Mariano Rajoy.
“La experiencia española refleja una caída del desempleo a raíz de las decisiones difíciles después
de la crisis”, manifestó el presidente del tercer mayor banco privado del Brasil.
Rial subrayó que la recesión en Europa fue un precedente para las empresas españolas asentadas
en Brasil y les ayudó a sortear “una de las peores crisis de la historia” del gigante latinoamericano,
que ha llevado el desempleo hasta los 12 millones.
Ausente en la citada cena de gala por una neumonía, durante ese encuentro el expresidente mundial
de Telefónica, César Alierta, siguió la línea de Rial y recalcó, en un discurso leído por un colega, la
apuesta de España y de la compañía por Brasil.
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“Existen claras oportunidades de inversión en numerosos sectores” de Brasil, señaló Eduardo
Navarro, presidente del Consejo de Administración de Telefónica Brasil.
Fonte: http://www.abc.com.py/edicion-impresa/internacionales/turf-1536336.html
LA NACION (PARAGUAI)
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Mundo
Felicitaciones con cautela en América Latina para Trump
Montevideo, Uruguay. AFP.
Los líderes de América Latina felicitaron a Donald Trump por su sorpresiva victoria, cautos ante el
magnate que en la campaña prometió duras políticas antiinmigración y llamó “violadores” a los
mexicanos.
México: El presidente mexicano Enrique Peña Nieto estuvo entre los primeros líderes de
Latinoamérica en enviar sus felicitaciones a Trump, muy criticado en México por su discurso en
contra de los inmigrantes ilegales.
Brasil: Michel Temer fue el primero en la región en reaccionar a la sorpresiva elección, pero con
cierta cautela. “No cambia nada en la relación de Brasil con Estados Unidos”, dijo.
Argentina: “Felicito a @realDonaldTrump en su triunfo y espero que podamos trabajar juntos por el
bien de nuestros pueblos”, escribió el presidente de derecha Mauricio Macri en Twitter.
Uruguay: “Cualquiera hubiera sido el resultado hay un impacto para todo el mundo”, dijo el
presidente de Uruguay, Tabaré Vázquez, en una entrevista televisada. Pero su predecesor, Pepe
Mujica, fue mucho más expresivo: “Solo te voy a decir una palabra que lo dice todo: ¡socorro!”. “Es
suficiente. Es explícita (…) Chau”, dijo a una radio.
Colombia: El presidente Juan Manuel Santos expresó su deseo de continuar con las privilegiadas
relaciones de ambos países. “Celebramos espíritu democrático de EEUU. Con @realDonaldTrump
seguiremos profundizando relación bilateral”, escribió en Twitter.
Bolivia: El presidente de Bolivia, Evo Morales, áspero crítico del “imperialismo estadounidense”, poco
o nada ha dicho sobre Trump, pero ayer escribió en Twitter: “Saludar triunfo de @realDonaldTrump
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Esperamos trabajar contra el racismo, machismo, la antiinmigración, por la soberanía de nuestros
pueblos”
Fonte: http://www.lanacion.com.py/2016/11/10/felicitaciones-cautela-america-latina-trump-2/
Politica
Analizan desde hoy situación de la frontera Paraguay-Argentina
La II reunión de gobernadores y cancilleres paraguayos y argentinos de la frontera común, inicia
hoy en Encarnación, y tendrá en agenda principal la reunión bilateral que tendrán mañana los
presidentes de Paraguay, Horacio Cartes, y de Argentina, Mauricio Macri. El encuentro entre los
mandatarios fue confirmado oficialmente ayer por la Cancillería.
La cita de gobernadores y cancilleres tendrá como temas principales aspectos de cultura, temas
sociales, el aspecto económico, los problemas de frontera, migraciones y salud. Además, otro punto
de análisis será la renegociación de la llamada deuda de Yacyretá, detalló ayer el ministro de
Relaciones Exteriores, Eladio Loizaga.
Destacó además que tras la reunión, que culmina mañana, se elaborará una declaración conjunta.
Entre los puntos de interés fundamental para ambos países está la construcción de dos puentes que
una ambos países.
“El tema de interconexión es de mayor importancia para ambos países, porque tenemos un solo
puente que nos conecta pese a un basto recorrido limítrofe en toda la hidrovía Paraguay-Paraná, por
lo que queremos elevar a nivel político una toma de decisión para iniciar lo antes posible todo lo que
implica la preparación para el posterior llamado a licitación de común acuerdo a la construcción de
dos puentes que uno debe unir Pilcomayo con Puerto Falcón y otro en la zona de Ñeembucú”,
puntualizó.
Los presidentes tendrán una reunión bilateral para luego de dar apertura a la reunión biministerial
de ambos países, de la cual estarán participando unos 10 ministros de los gobiernos y gobernadores
de la zona fronteriza.
Ésta será la segunda reunión biministerial atendiendo a que la primera se realizó en el 2013. El
objetivo del encuentro es avanzar en los proyectos que involucran a ambos países y a partir de la
reunión se podrá marcar la pauta de las acciones a encarar.
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Fonte:
http://www.lanacion.com.py/2016/11/10/analizan-desde-hoy-situacion-la-frontera-
paraguay-argentina/
Uruguai
EL PAÍS (URUGUAI)
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Política
Uruguay va en busca de asociarse con Corea
Nin Novoa viaja esta semana a Seúl para profundizar los vínculos en el marco del
“regionalismo abierto”.
DANIEL ISGLEAS10 nov 2016
El gobierno busca afirmar su inserción internacional en base al criterio de "regionalismo abierto", y
por eso esta semana el ministro de Relaciones Exteriores Rodolfo Nin Novoa viajará a Seúl con el fin
de avanzar en conversaciones comerciales con el gobierno de Corea.
El ministro ratificó la estrategia de inserción internacional del país en base a cinco premisas: la
colocación de la oferta exportable, la diversificación de los mercados, la atracción de inversiones, el
abastecimiento de bienes de capital e insumos, y la preservación de ciertos márgenes de soberanía.
Estos anuncios fueron hechos en el marco del ciclo organizado por la publicación Somos Uruguay
del Instituto Uruguay XXI, denominado "Inserción internacional y su puesta a punto", en el que
participaron además el ministro de Ganadería, Agricultura y Pesca, Tabaré Aguerre, y el titular del
organismo Antonio Carámbula.
Al explicar en qué está el gobierno en materia de inserción comercial, Nin Novoa indicó que las
negociaciones entre el Mercosur y la Unión Europea "están complicadas", aclarando de todos modos
que "son vitales para Uruguay". En lo regional reiteró su mención al acercamiento paulatino a varios
países, "como el caso del acuerdo con Chile, con Perú, vamos a profundizar el acuerdo de alcance
parcial con México, y también con Colombia. En pocos años no tendremos aranceles con esos países",
precisó.
Según el ministro, además de la continuación de las negociaciones con la Unión Europea, el gobierno
está en conversaciones con Corea, adonde esta semana precisamente irá. Del mismo modo dijo que
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"nos interesa mucho África porque es un continente que dentro de veinte años va a tener 2.000
millones de personas, la mitad de las cuales serán personas jóvenes, con otros patrones de
consumo".
La apertura de una embajada en Etiopía, donde está la sede de la Unión Africana, "dará contacto
con el resto de los países de África", dijo Nin.
Pero como el punto "alto de la estrategia de inserción internacional del Uruguay" es China, con
proyección hacia el sudeste asiático, al que Nin calificó como "una zona que crece rápidamente (...)
En la zona Asia Pacífico está la mitad de habitantes del mundo", agregó, sumando a países como
India, China, Indonesia, Corea o Pakistán. "China dentro de cuatro años tendrá 350 millones de
personas de clase media, más que todo el Mercosur y la Alianza del Pacífico. Por eso Uruguay apunta
sus baterías hacia allí".
Nin Novoa afirmó que China "elevó la relación con Uruguay a un nivel de asociación estratégica", lo
que "nos dará beneficios y ventajas (...) Eso permitirá captación de inversiones, hacer crecer el
comercio de servicios, lo que traerá un efecto geopolítico positivo para el país porque es la segunda
economía del mundo", comentó.
Reconoció que hay un cierto temor por la celebración de un acuerdo de libre comercio con China,
especialmente por el posible aumento de los precios de sus productos, pero aclaró que casi la mitad
de las importaciones de China a Uruguay corresponde a productos electrónicos, es decir que no se
manufacturan en Uruguay.
Aguerre.
A su vez, hablando de la carne, el ministro Aguerre expresó que la clave es llegar directamente al
consumidor, tópico que Uruguay debe liderar porque es el único país del mundo que puede asegurar
información, trazabilidad y sistemas alimentarios.
El sector explica el 78% de las exportaciones uruguayas, un 9% del PIB, pero sumada a la logística
del agronegocio esa proporción llega a 23%, con una producción de alimentos para 28 millones de
personas con el objetivo de llegar a 50 millones en 2030 y de forma sostenible con el medio ambiente.
Dijo que la inserción de productos lácteos tiene a Brasil en el primer lugar de colocación; el 98% de
la producción de arroz se exporta; el 20% de la producción citrícola se vende hacia Estados Unidos,
y el arroz de grano largo de clima templado más valioso del mundo es genética uruguaya con el
100% de certificación de las semillas.
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Además, Aguerre recordó que el mundo exige alimentos confiables, calidad, inocuidad, trazabilidad
y valor agregado ambiental, lo que le agrega valor que permite multiplicar su precio final a través
de la diferenciación.
Carámbula, en tanto, explicó que Uruguay se posicionó como exportador de servicios que implican
mayor conocimiento. Señaló que desde Uruguay XXI se busca diversificar la exportación de bienes
y servicios, los mercados y el origen de la inversión.
Carámbula destacó el trabajo con la Agencia Nacional para el Desarrollo y el futuro Sistema Nacional
de Competitividad, a fin de mejorar las herramientas para ayudar a los emprendedores. Anunció que
esta semana se realizará el lanzamiento del último Pro Export del año, una herramienta de ayuda a
las empresas para que salgan al exterior.
Futuro del comercio de alimentos es en el Pacífico
El ministro de Ganadería, Agricultura y Pesca, Tabaré Aguerre, propuso semanas atrás impulsar un
Tratado de Libre Comercio (TLC) con Corea, en línea con la estrategia del gobierno de buscar la
inserción internacional más amplia posible. El gobierno ya advirtió que cuando comiencen a estar
activos los nuevos acuerdos comerciales como la Asociación Transatlántica de Comercio entre
Estados Unidos y Europa, y el Tratado Transpacífico, que integran 12 países, habrá importantes
cambios en el mercado mundial. Por ello Uruguay busca estrategias para no perder competitividad
en los mercados que integran estas alianzas, según declaraciones del ministro Aguerre en el
Parlamento, mientras se buscan nuevos acuerdos.
El ministro dijo que hay que pensar en un TLC con Corea, porque el futuro del comercio de los
alimentos se juega en el Pacífico. Respecto a la iniciativa del TLC con el país asiático, Aguerre afirmó
que al tratarse de "dos economías complementarias", los beneficios son potencialmente más
importantes para los dos. Además, Aguerre dijo que "Uruguay es en esencia un productor de valor
agregado".
PONENCIAS
"Hay 140 mercados para la carne"
El ministro de Ganadería, Tabaré Aguerre, sostuvo en la conferencia sobre inserción internacional
que solo para el sector cárnico Uruguay tiene 140 mercados abiertos. En ellos "se coloca el 75% del
total del producto. La plasticidad que el estatus sanitario nos otorga permite cambiar al principal
mercado y buscar los nichos de alto valor. Acá jugamos en equipo porque a los mercados se accede
cumpliendo con los atributos de sanidad e inocuidad, después arranca la negociación arancelaria. El
mundo toma decisiones que trascienden las barreras arancelarias de cualquier gobierno, y por eso
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es importante derribar las barreras mentales. Debemos comunicar contrarrestando paradigmas que
asocian consumo de carne con un problema, por ejemplo".
Crecen las ventas no tradicionales
El director del Instituto Uruguay XXI, Antonio Carámbula, señaló que en 2015 casi 1.000
emprendimientos uruguayos incrementaron sus comercializaciones en rubros no tradicionales.
Resaltó que el 75% de estas firmas funciona como micro, pequeñas y medianas empresas
(mipymes). El principal servicio exportado es el turismo, seguido por los servicios globales, con
ingresos de unos US$ 1.500 millones al año, lo que implica unos 20.000 puestos de empleo directo.
Esto motivó que desde 2012 Uruguay XXI ejecutara un programa de promoción de servicios globales.
Según indicó Carámbula, los diez principales productos exportados por las mipymes equivalen a un
40% de las exportaciones totales.
Fonte: http://www.elpais.com.uy/informacion/uruguay-busca-asociarse-corea-marco.html
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