CLIPPING - Notícias - Câmara dos Deputados

- Representação Brasileira -
CLIPPING - Notícias
20.05.2016
Edição e Seleção
Eliza Barreto
Fernanda Preve
Fernando Leão
Maria Elisabete da Costa
Sumário
VALOR ECONÔMICO ......................................................................................... 3
Brasil ..................................................................................................................... 3
Ministro quer Mercosul flexível e novas parcerias ................................................................ 3
Serra visita a Argentina e pode se encontrar com Macri na segunda .................................... 4
Opinião .................................................................................................................. 6
Qual o papel do Brasil na integração financeira da AL? ........................................................ 6
COMEX DO BRASIL ........................................................................................... 8
Agronegócio ........................................................................................................... 8
CNA questiona UE pela ausência de cotas para carne bovina e etanol na negociação com
Mercosul .......................................................................................................................... 8
PORTAL TERRA ................................................................................................ 9
Mundo ................................................................................................................... 9
Alto representante do Mercosul nega que mudança de governos causem retrocesso............. 9
PORTAL UOL .................................................................................................. 10
Política ................................................................................................................ 10
Com Temer e Serra, como ficam as relações do Brasil com a América Latina? .....................11
Mercosul precisa ser fortalecido, diz Serra .........................................................................13
BBC – BRASIL ................................................................................................ 15
Brasil ................................................................................................................... 15
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1
'Desfazer o que Lula fez em política externa não é bom para o Brasil’ .................................15
PÁGINA12 (ARGENTINA) ................................................................................ 18
El País ................................................................................................................. 18
El nuevo vínculo con Brasil ...............................................................................................18
Las consecuencias del golpe .............................................................................................20
LA NACION (PARAGUAI) ................................................................................. 22
Negócios .............................................................................................................. 22
Firmas brasileñas desean acuerdos comerciales .................................................................22
TELESUR (VENEZUELA) .................................................................................. 23
América Latina ..................................................................................................... 23
Unasur gestiona diálogo entre Gobierno y oposición de Venezuela ......................................23
EL PAÍS (URUGUAI) ........................................................................................ 24
El Mundo ............................................................................................................. 24
Nin: la "única manera" de superar la crisis en Venezuela es un revocatorio .........................25
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Brasil
VALOR ECONÔMICO
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Brasil
Ministro quer Mercosul flexível e novas parcerias
Por Flavia Lima | De São Paulo
20/05/2016 às 05h00
O ministro das Relações Exteriores, José Serra, disse ontem que é preciso buscar formas de
flexibilizar o Mercosul de modo que seja possível buscar parcerias bilaterais com outros países e
continentes. "Da forma como está hoje isso se torna difícil porque se tem que levar todos os
parceiros juntos", disse. Quanto a possíveis novos acordos comerciais, afirmou que já há coisas em
andamento, sendo que algumas precisam ser aceleradas, outras, revistas.
"Dois anos e meio é muito tempo, senão para concluir pelo menos para chegar perto".
Segundo ele, o bloco precisa ser fortalecido "inclusive nas relações de livre comércio entre os
países, pois "muitas barreiras que subsistem". O chanceler destacou que, dentro do foco no
Mercosul, a Argentina é prioritária e mencionou a agenda de trabalho que começará a ser tocada
na próxima semana, com sua visita a Buenos Aires.
Segundo Serra, o Mdic terá participação fundamental no trabalho junto ao Itamaraty. "É uma
parceria. Vamos fazer o entrosamento entre o que a Apex faz e o Itamaraty faz para maximizar o
entendimento e gastar menos dinheiro."
O ministro do MRE disse ainda que não tem planos de nenhuma mudança radical na troca de
embaixadores "só o que faz parte da rotina" e que não pretende fechar embaixadas. "Pedi estudo
sobre isso porque tudo isso tem custo", disse.
Serra reforçou que não existe preferência por relação com os EUA em detrimento da China e
defendeu uma política "em escala mundial". "África é importante? Muito. Ásia, China, América do
Sul, essa é especialmente importante porque está em nosso continente."
Serra ressaltou que os juros são responsáveis por 90% do déficit nominal, que deve girar ao redor
de R$ 600 milhões, o que evidenciaria como a política monetária tem implicação fiscal. Além disso,
sentenciou: "Em períodos de depressão, não há ajuste fiscal possível".
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O ministro rebateu as críticas de ter fornecido passaporte diplomático a representante de igreja
evangélica. Segundo o chanceler, a medida é praxe no Itamaraty. "A política definida, não foi por
mim, mas por governos anteriores, é de dar dois passaportes por igreja. Convencionou-se dois
para igreja católica, outras reivindicaram", afirmou. "Esse fato que foi noticiado nos jornais, eu
nem soube que igreja que é".
Fonte: http://www.valor.com.br/brasil/4571545/ministro-quer-mercosul-flexivel-e-novas-parcerias
Serra visita a Argentina e pode se encontrar com Macri na segunda
Por Marli Olmos | De Buenos Aires
20/05/2016 às 05h00
Cinco dias depois de tomar posse como ministro de Relações Exteriores, José Serra estará em
Buenos Aires na segunda-feira para apertar a mão da chanceler da Argentina, Susana Malcorra - e
muito provavelmente a do presidente Mauricio Macri. A rapidez com que Serra programou a visita
ao país vizinho demonstra, segundo o diretor do Instituto de Planejamento Estratégico, Jorge
Castro, não apenas a nova fase na política de comércio exterior no Brasil como marca o
alinhamento de posturas dos dois governos nas relações com o mundo.
O governo argentino limita-se a confirmar o encontro. Mas, nos bastidores fala-se sobre uma
reunião entre Serra e Macri, que estaria sendo organizada de maneira muito discreta, para não
interferir na postura cautelosa da Argentina em relação ao processo de impeachment de Dilma
Rousseff.
As primeiras informações dão conta que Serra será recebido por Malcorra no Palácio San Martin,
sede da chancelaria. Mas existe a possibilidade de ele ir para a Casa Rosada onde participaria de
reunião com o ministro-chefe de gabinete, Marcos Peña. No caso, ele estará a passos da sala de
Macri.
Para Castro, um dos mais respeitados analistas em relações e comércio exteriores na Argentina,
seja no Palácio San Martin ou na Casa Rosada, a presença de Serra na Argentina, confirma seu
discurso de quarta-feira, no qual enfatizou a abertura do Brasil ao mundo e apontou a Argentina
como principal parceiro em direção a relações comerciais "que não podem se limitar à simples
assinatura de acordos, mas à conquista de exportações por meio da produtividade e
competitividade".
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4
Ao tomar posse, Serra disse que "um dos principais focos da ação diplomática em curto prazo será
a parceria com a Argentina, com a qual passamos a compartilhar referências semelhantes para a
reorganização da política e da economia". Em Buenos Aires, as declarações foram recebidas como
sinal de que o perfil do interlocutor do lado brasileiro será menos diplomático do que o anterior e
mais voltado à ação comercial.
A visita do novo ministro brasileiro interrompe uma longa agenda de viagens de Malcorra. A
chanceler deixou Buenos Aires no dia 4 para uma série de encontros na Europa, Ásia e América
Central. Da China, ela seguirá de volta para a capital argentina para receber Serra. E depois
retomará o roteiro, com o México como próximo destino.
O encontro entre o governo que tomou posse em dezembro, na Argentina, e o formado no Brasil
em meio ao processo de impeachment, ocorre, no entanto, num momento de retração no
intercâmbio comercial entre os dois países, provocada, sobretudo pela queda de demanda no
mercado brasileiro. De janeiro a abril o comércio entre Brasil e Argentina registrou retração de
6,1% na comparação com igual período do ano passado. Com queda de 25% nas exportações
para o outro lado da fronteira, a Argentina amargou um déficit de US$ 1,38 bilhão. O rombo
representa um valor três vezes mais alto do que no primeiro quadrimestre do ano passado.
Relatório da consultoria Abeceb destaca que a crise no Brasil não só provoca o encolhimento das
importações de produtos argentinos como estimula a indústria brasileira a exportar mais para o
vizinho.
Para Castro, no entanto, esse não será motivo para o lado argentino se lamentar perante Serra.
"Trata-se de um problema mais concentrado no setor automotivo, que depende praticamente das
vendas para o Brasil", destaca. "O discurso de Serra deixou clara a mudança de postura na política
externa no Brasil e a Argentina e Mercosul têm a ganhar com isso", afirma o analista.
A visita de Serra com agenda de poucas horas servirá, ainda, como um ato simbólico do apreço do
governo do presidente interino Michel Temer em relação à postura praticamente passiva que o
governo Macri manteve em relação ao impeachment de Dilma enquanto outros vizinhos, como
Bolívia, Equador, Venezuela, Cuba e até a União das Nações Sul-Americanas (Unasul) se
manifestaram contra o processo. "Veja que Paraguai e Uruguai permaneceram quietos, à espera
do que acontece entre os dois maiores sócios do Mercosul para seguir seus passos."
Fonte:
http://www.valor.com.br/brasil/4571543/serra-visita-argentina-e-pode-se-encontrar-com-
macri-na-segunda
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Opinião
Qual o papel do Brasil na integração financeira da AL?
Por Ernani Torres F., Luiz Macahyba e Norberto Martins
20/05/2016 às 05h00
O Fundo Monetário Internacional acaba de divulgar um relatório sobre a integração financeira na
América Latina ("Financial Integration in Latin America"). Nesse documento avalia os avanços
alcançados e recomenda políticas para aprofundar esse processo.
O estudo aponta que a crise de 2008 levou instituições financeiras internacionais a reduzir sua
presença na região e alerta que este fenômeno poderá comprometer a conexão desses países com
o sistema internacional. Na visão do FMI, a integração regional seria uma forma de "compensar"
este esvaziamento. As instituições latino-americanos mais eficientes deveriam ocupar esse vazio,
redirecionando a demanda de fundos e de ativos para os centros financeiros regionais e daí para
os mercados globais. A integração seria uma resposta possível da região à crise e traria benefícios
relevantes em termos macroeconômicos e de eficiência.
Essas conclusões nos parecem irrealistas. Em trabalho recente, apresentamos uma visão
alternativa sobre a integração dos mercados de capitais latinoamericanos, tanto em termos
analíticos quanto propositivos. A nosso ver, o Fundo ignora as lições aprendidas com as
experiências já em curso na região.
Nessa área, a iniciativa mais importante é o Mercado Integrado Latino-Americano (Mila). Sua
plataforma eletrônica possibilita a investidores adquirirem, na sua própria moeda, ações e Fundos
de Índices, registrados em quaisquer das bolsas de valores dos países participantes. O Mila entrou
em operação em 2012 no Chile, na Colômbia e no Peru e, em 2014, no México. Juntas as bolsas
desses países têm capitalização de mercado próxima à brasileira. A união entre Brasil e Mila
formaria o 8º maior mercado de capitais do mundo, próximo à Alemanha.
O Brasil, no entanto, mantém larga liderança em outros quesitos de mercado. Entre 2010 e 2014,
as ofertas de valores mobiliários brasileiros foram duas vezes superiores às dos países que
integram o Mila. Além disso, a liquidez brasileira, em volume de ativos negociados, é entre três e
quatro vezes maior. Neste contexto, parece improvável que a integração financeira no continente
possa se consolidar sem que o Brasil seja parte relevante.
Os volumes negociados entre os países da região, apesar do Mila, ainda são irrisórios. Esse fato,
no entanto, não impediu que, há mais de uma década, investidores estrangeiros e
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latino-americanos detenham grandes carteiras em ativos da região. Para isso, usam os serviços
oferecidos desde Nova York. Esse caminho é, no entanto, caro, por causa das assimetrias
regulatórias, fiscais e cambiais existentes entre os diferentes países.
É com essa realidade que a integração dos mercados de capitais latino-americanos tem que
competir. Um projeto de integração viável precisa almejar trazer para as bolsas da região parte
relevante dos investimentos globais na região. Isso requer um esforço importante de reguladores e
provedores de serviços para criar um ambiente de negócios que seja competitivo em custos e que
ao mesmo tempo garanta elevada segurança operacional e regulatória.
Os ganhos potenciais de uma integração são relevantes, em termos da geração de empregos,
impostos e renda. Basta ver a importância que países, como o Reino Unido, atribuem a seus
centros financeiros. Entretanto, a integração não trará grandes benefícios nem gerará impactos
macroeconômicos relevantes a curto prazo. A experiência europeia de mais de duas décadas revela
que o sucesso na integração regional requer muito investimento, trabalho e criatividade para ser
alcançado.
Esses fatores explicam o fracasso econômico do Mila. Seus mecanismos operacionais são precários
e inseguros, o que afasta os grandes investidores. Em seus quatro anos de existência, a
plataforma sequer totaliza o movimento de um único dia na BM&F. Em contrapartida, o Mila é um
grande sucesso político e por isso se tornou um marco para a integração financeira regional. Sua
existência fez com que os governos dos países membros se comprometessem a trabalhar
consistentemente para reduzir as assimetrias de seus aparatos regulatórios e legais.
Nesse cenário, a adesão do Brasil no Mila nos parece um passo precipitado. Seria melhor que nos
tornássemos apenas observadores de seus fóruns, participando dos esforços regulatórios para a
criação de um espaço regional unificado. Adicionalmente, deveríamos firmar acordos de
reconhecimento mútuo com outras autoridades reguladoras de mercados de capitais da região, em
particular com o Chile e o México. Isso permitiria às empresas e aos gestores brasileiros de
imediato emitir valores mobiliários ou distribuir seus produtos simultaneamente nos dois mercados
sem a necessidade de um novo registro naqueles países. Com o Chile, esse reconhecimento não
exigiria reciprocidade do Brasil. Esse é um caminho simples e de baixo custo para iniciar a nossa
integração.
Fatos recentes indicam que agentes privados brasileiros estão atentos ao assunto. A BM&F já
detém uma participação na Bolsa de Santiago (Chile). Nesse sentido, sua anunciada fusão com a
Cetip seria um passo adicional para a integração com outros mercados na região? A criação de
uma diretoria para a América Latina na BM&F parece indicar que sim. Da mesma forma, dois
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grandes bancos brasileiros - Itaú e BTG - têm demonstrado apetite para ampliar sua atuação nos
mercados de capitais dos demais países do continente.
O Brasil tem condições de se tornar um ator relevante do processo de integração financeira da
América Latina, mas não seguindo a estratégia recomendada pelo Fundo. O FMI tem, no entanto,
o mérito de trazer o tema de volta ao debate e de ajudar a pensar o papel que o Brasil poderia ter
nesse processo.
Ernani Teixeira Torres Filho é professor e doutor em Economia do IE/UFRJ.
Luiz Macahyba é consultor na área financeira.
Norberto Martins é mestre e doutorando em Economia do IE/UFRJ
Fonte:
http://www.valor.com.br/opiniao/4571367/qual-o-papel-do-brasil-na-
integracao-financeira-da-al
COMEX DO BRASIL
https://www.comexdobrasil.com/
Agronegócio
CNA questiona UE pela ausência de cotas para carne bovina e etanol na
negociação com Mercosul
18/05/2016 08:47
Brasília – A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) questiona a decisão tomada
pela União Europeia de não incluir as cotas para a importação de carne bovina e de etanol, na
retomada das negociações com o Mercosul, ao trocar suas ofertas de acesso a mercado depois de
12 anos sem avanços nas discussões bilaterais.
A decisão, segundo o entendimento da CNA, “é absolutamente frustrante especialmente porque,
inicialmente, a Comissão Europeia pretendia liberar a exportação de pelo menos 78 mil toneladas
anuais de carne bovina sem hormônios, além de 60 milhões de litros de etanol”.
Dentro desse cenário, a CNA defende que a agropecuária brasileira “tenha prioridade e papel de
destaque nas negociações que envolvem acesso a mercados, com a participação decisiva do Brasil
e dos parceiros do Mercosul”.
A CNA entende, ainda, que a Europa precisa valorizar a importância estratégica do relacionamento
histórico e econômico com os países do Bloco, “sob pena de tornar inviável uma possível
negociação”.
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Para defender a produção local, os agricultores europeus têm “disseminado informações errôneas
e questionado padrões sanitários e de rastreabilidade, sem fundamento técnico e científico”,
destaca documento da CNA sobre as negociações do Mercosul com a União Europeia.
Passo significativo
Mesmo com essas dificuldades, a CNA entende que os dois blocos deram um passo importante e
significativo nas relações comerciais. Mas, para a Confederação, a carne bovina é um dos principais
interesses do Mercosul no acordo em discussão. “A Comissão Europeia tem consciência de que, se
quiser ser levada a sério pelo Mercosul, terá, mais cedo ou mais tarde, de resolver essa questão
do acesso ao mercado para a carne bovina sul-americana”, diz ainda a CNA.
As cotas, em todos os setores, não apenas na agricultura, representam a base para qualquer
negociação comercial. Sendo que as definições sobre as suas quantidades e sobre as perspectivas
de aumento ou redução dos seus volumes, argumenta a CNA, são tomadas ao longo das rodadas
de negociações.
Para a Confederação “o Mercosul está oferecendo tudo e está disposto a ir além, mas a União
Europeia precisa demonstrar que tem a mesma intenção e, sobretudo, respeitar o Mercosul como
importante parceiro comercial que é”.
Fonte:
https://www.comexdobrasil.com/cna-questiona-ue-pela-ausencia-de-cotas-para-carne-
bovina-e-etanol-na-negociacao-com-mercosul/
PORTAL TERRA
http://noticias.terra.com.br/
Mundo
Alto representante do Mercosul nega que mudança de governos causem
retrocesso
18 MAI 2016
15h53
O alto representante do Mercosul, o brasileiro Florisvaldo Fier, mais conhecido como Dr. Rosinha,
negou nesta quarta-feira em entrevista à Agência Efe em Assunção que as mudanças nos governos
dos países do bloco provoquem retrocessos nas políticas sociais em nível regional.
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Dr. Rosinha participou hoje em Assunção de um seminário sobre "Democracia e Políticas Públicas",
organizado pelo Instituto Social do Mercosul e pelo Ministério de Desenvolvimento Social do
Uruguai, país que ostenta a presidência temporária do bloco.
O representante do Mercosul destacou que as políticas sociais do bloco foram construídas nos
últimos 10 anos, não só com base na vontade dos governos, mas impulsionadas pela sociedade
civil organizada.
Por isso, confiou que os movimentos sociais e as ONGs defendam as medidas sociais e "resistam
para que os Estados não recuem".
Dr. Rosinha destacou, além disso, que as mudanças de governo não têm por que afetar às
políticas públicas do bloco, já que estas se inscrevem em compromissos regionais já assinados,
como o Estatuto da Cidadania e o Plano Estratégico de Ação Social (PEAS).
Ambos planos, segundo o brasileiro, contam com cronogramas para seu cumprimento, e em sua
maioria dependem mais das ações políticas que dos orçamentos, razão pela qual podem continuar
avançando, inclusive em contextos de crise econômica.
Por isso, apesar de que vários governos do Mercosul estejam adotando políticas "do sistema
econômico neoliberal, que procura um Estado mínimo com pouco investimento social", Dr. Rosinha
garantiu que "nenhum presidente do bloco é contrário a construir a cidadania do Mercosul".
A última mudança de governo do Mercosul aconteceu no dia 12 de maio, quando a presidente
Dilma Rousseff foi afastada de seu cargo por seis meses, enquanto se organiza um julgamento
político que pode cassar seu mandato.
O vice-presidente Michel Temer assumiu o governo do país durante o afastamento e, entre suas
primeiras medidas, já anunciou uma reforma do regime previdenciário e uma revisão dos
programas sociais.
Fonte: http://noticias.terra.com.br/mundo/alto-representante-do-mercosul-nega-que-mudanca-degovernos-causem-retrocesso,da9a7fd7fea5fd6243370a8fe1d24b5dhpoguuhv.html
PORTAL UOL
http://noticias.uol.com.br
Política
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Com Temer e Serra, como ficam as relações do Brasil com a América
Latina?
São Paulo 20/05/2016 06h00
O governo do presidente interino Michel Temer (PMDB) reagiu de forma dura a manifestações de
governos de países como Venezuela, Equador, Cuba e Nicarágua com críticas ao processo de
impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff (PT). O mesmo aconteceu em relação à
Unasul (União de Nações Sul-americanas). Os atritos podem abalar as relações do Brasil com os
países da América Latina?
Os governos de países que questionaram o afastamento de Dilma são mais próximos,
ideologicamente, ao PT. "A nossa política externa será regida pelos valores do Estado e da nação,
não de um governo e jamais de um partido", afirmou o ministro de Relações Exteriores, José
Serra, em seu discurso de posse na quarta-feira (18).
Antes, o ministério havia emitido notas para rechaçar aquilo que considerou "falsidades"
propagadas por Venezuela, Cuba, Bolívia, Equador e Nicarágua. Em relação ao secretário-geral da
Unasul, Ernesto Samper, o governo interino afirmou que seus "juízos e interpretações Geral são
incompatíveis com as funções que exerce e com o mandato que recebeu".
Comércio preservado
Especialistas em relações internacionais entendem que a mudança de governo no Brasil e o tom
adotado inicialmente pelo ministro das Relações Exteriores, José Serra, podem dificultar a
formulação de consensos na região, mas não devem prejudicar as negociações bilaterais e o
comércio com cada país latino-americano.
"De todas as políticas de Estado, a política externa é a que mais demora para ter algum tipo de
alteração", afirma Reginaldo Nasser, professor de Relações Internacionais da PUC-SP (Pontifícia
Universidade Católica de São Paulo).
Muitas vezes, diz o pesquisador, divergências ideológicas não abalam as relações comerciais entre
países. Ele cita como exemplo o período em que Venezuela e Estados Unidos mantiveram seus
negócios mesmo com a forte polarização entre os então presidentes Hugo Chávez e George W.
Bush. "Em política externa, há muito mais barulhos do que fatos."
Nasser também afirmou que o recado de Serra a governos latino-americanos de esquerda
representa mais uma sinalização para reforçar seu próprio campo ideológico no Brasil. O ministro
teria a pretensão de viabilizar para 2018 sua terceira candidatura a presidente – foi derrotado nas
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11
eleições de 2002 e 2010. "O recado é no momento um instrumento muito mais para dentro do que
para fora do país."
Exportações para América Latina são importantes
Alcides Cunha, professor do Instituto de Relações Internacionais da UnB (Universidade de Brasília),
também acredita que o comércio com países latinos críticos ao governo interino será preservado.
De acordo com dados do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio, as exportações
brasileiras para o conjunto dos países da América Latina equivaleram em 2015 às vendas para a
Europa, superaram as vendas para os Estados Unidos e só ficaram abaixo do total exportado para
a Ásia.
O governo interino tem a intenção de aumentar as exportações de produtos manufaturados para
os países mais ricos. Mas a ampliação da capacidade brasileira de exportar manufaturados esbarra,
segundo Alcides Cunha, em dois limites: a reduzida competitividade da indústria nacional e a
dificuldade de se estabelecer acordos comerciais que viabilizem a entrada de produtos fabricados
nesses países.
"A competitividade da nossa indústria não se resolve em pouco tempo", afirma o docente da UnB.
Em sua opinião, essas dificuldades reforçam a necessidade de o Brasil manter os laços comerciais
com os latino-americanos. "A venda de produtos brasileiros industrializados só tem dinamismo no
mercado regional [atualmente]."
Atenção ao Mercosul
Na opinião de Alcides Cunha, a nova posição de Serra em relação ao Mercosul já reflete o
pragmatismo influenciado por interesses comerciais. Apesar de ser um crítico do bloco, o tucano
defendeu, durante o discurso de posse, sua renovação e seu fortalecimento.
Também afirmou que "um dos principais focos de nossa ação diplomática em curto prazo será a
parceria com a Argentina". "Por mais que Serra não goste, a indústria brasileira depende do
Mercosul", comenta o pesquisador.
"Nas relações bilaterais com países como Bolívia e Venezuela, as divergências políticas tendem a
ser absorvidas. Os negócios deverão estar na agenda. A clivagem política vai ser mitigada pelos
interesses comerciais, pela busca de cooperação com os países vizinhos, pela dificuldade estrutural
de mudar a composição da pauta exportadora brasileira e de conseguir maior presença comercial
nos países mais dinâmicos", diz Alcides Cunha.
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12
Crise na Venezuela
Para o professor da UnB, a cisão ideológica entre os governos da região deve paralisar a Unasul, e
esse impasse não deve ser resolvido rapidamente porque depende, principalmente, do desfecho
das crises internas da Venezuela e do próprio Brasil.
O diretor para as Américas da organização Human Rights Watch, José Miguel Vivanco, afirmou
nesta quinta-feira (19) que a situação na Venezuela é muito grave e indicou a necessidade de a
comunidade regional atuar para "evitar que se transforme em violência".
O governo Nicolás Maduro tenta impedir a realização de um referendo que poderia revogar o
mandato do presidente venezuelano. A Human Rights Watch pediu nesta semana que a OEA
(Organização de Estados Americanos) invoque a Carta Democrática Interamericana para exigir que
a Venezuela proteja os direitos fundamentais dos cidadãos e restabeleça a independência dos
organismos judiciais.
Fonte:
http://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2016/05/20/com-temer-e-serra-como-
ficam-as-relacoes-do-brasil-com-a-america-latina.htm
Mercosul precisa ser fortalecido, diz Serra
Estadão Conteúdo
19/05/201623h44
São Paulo - O ministro das Relações Exteriores, José Serra (PSDB-SP), afirmou na noite desta
quinta-feira, 19, que o Mercosul precisa ser fortalecido e revigorado e que o Brasil irá trabalhar
justamente no fortalecimento do livre comércio do bloco.
Além disso, a pasta quer trabalhar com a flexibilização do Mercosul para que países-membros
consigam negociar acordos bilaterais sem ser no bloco, o que ajudaria no objetivo da pasta em
avançar em acordos desses tipos. "É possível flexibilizar e ter acordo razoável nessa matéria",
declarou a jornalistas.
O ministro deu as declarações em palestra proferida no VIII Fórum Nacional de Procuradores do
Ministério Público de Contas, no Tribunal de Contas do Estado de São Paulo.
Diversas vezes Serra ressaltou a importância do Mercosul e em uma delas comentou que o bloco é
uma zona comercial mais profunda que a Aliança do Pacífico, composta por Chile, Peru, México e
Colômbia, já que leva a mesma política comercial entre membros para o resto do mundo. "Por isso
que precisamos ter flexibilizações", afirmou.
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Ele ressaltou que não haverá priorização de mercados, como Estados Unidos em detrimento de
China, por exemplo. "Vamos fazer uma política de escala mundial, porque o Brasil é um país de
escala continental. Temos que desenvolver as relações econômicas em todas a áreas do planeta
visando exportar mais e gerar mais emprego para o Brasil", disse.
Ele reiterou que quer negociar com o mercado norte-americano, chinês, Europa, África, Ásia e
inserir o Brasil na Aliança do Pacífico, para que não vire "um novo tratado de Tordesilhas de dividir
a América do Sul em Leste e Oeste".
"Depois de visitar os Estados do Mercosul vou visitar os países da aliança do Pacífico. Já recebi
telefonemas de ministros da aliança, como hoje, do Chile", informou.
Na segunda-feira, Serra irá à Argentina que, segundo o ministro, é prioritária para o trabalho
diplomático brasileiro. "A embaixada de lá é uma das mais importantes e iremos programar um
programa de trabalho com eles na visita", disse.
Passaporte diplomático
O ministro afirmou que a pasta seguiu a política de governos anteriores de conceder passaporte
diplomático a igrejas. A declaração foi a justificativa de concessão do documento com validade de
três anos ao pastor Samuel Cassio Ferreira, da Assembleia de Deus, ligado ao presidente afastado
da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
"Se convencionou há muitos anos que a igreja Católica teria direito a dois passaportes diplomáticos
e aí depois outras igrejas reivindicaram a mesma coisa. Não cabe ao governo julgar se uma igreja
é superior a outra. Política de governos anteriores é de dar dois para cada igreja e é isso que está
sendo feito. Esse fato que foi mencionado nem tinha conhecimento, que igreja é", explicou. "Não
vamos rever passaporte diplomático", disse a jornalistas.
Sobre trabalhar para que os brasileiros não precisem de vistos para a entrada nos Estados Unidos,
Serra disse que precisa examinar se é viável. "Meu palpite antes de virar ministro era trabalhar
para isso e agora eu não sei se isso é viável", falou.
O ministro ainda comentou que o trabalho do MRE será em parceria com o Ministério do
Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), principalmente pela importância que tem
a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), e também com os ministérios da Agricultura e Meio
Ambiente.
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Com relação à sinalização de que o MRE precisaria de mais R$ 800 milhões de recursos adicionais
ao orçamento de R$ 2,98 bilhões de recursos disponíveis para o ano, Serra disse que não está
pressionando o Planejamento. "Eu apenas coloquei o problema. O governo passado deixou
Itamaraty em penúria completa. Parou de pagar instituições, organizações internacionais, como
ONU e OIT. Não pega bem para o Brasil ficar com esses atrasos", falou.
Segundo ele, auxílios-moradia concedidos a diplomatas estão com quatro meses de atraso, por
exemplo. "Faremos política de austeridade, não temos interesse de gastar mais. Mas sim de
eliminar o atrasado", disse.
Fonte:
http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/agencia-estado/2016/05/19/mercosul-precisa-
ser-fortalecido-diz-serra.htm
BBC – BRASIL
http://www.bbc.com/portuguese
Brasil
'Desfazer o que Lula fez em política externa não é bom para o Brasil’
Luiza Bandeira
Da BBC Brasil em Londres
Há 1 hora
As medidas que "desfazem" ações dos governos do PT - como parte da guinada na política externa
brasileira proposta pelo novo ministro das Relações Exteriores, José Serra, - não são boas para o
país, na visão do editor de uma das principais revistas dedicadas a relações internacionais do
mundo, a Foreign Policy.
"Se Serra acha que reformar a política externa é desfazer o que o Lula fez, ele não está agindo em
nome dos interesses do Brasil", disse à BBC Brasil David Rothkopf, em referência à possibilidade de
fechamento de embaixadas abertas em gestões anteriores.
Após assumir o posto de chanceler do governo interino de Michel Temer, Serra criticou o que
chamou de "partidarismo" da política externa dos governos do PT e indicou que, além de buscar
uma gestão focada em comércio internacional, possivelmente fecharia embaixadas abertas por
Lula em países da África e do Caribe.
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Para Rothkopf, Lula "fez mais para aumentar o peso do Brasil no cenário mundial do que qualquer
presidente do Brasil". Ele também dá crédito ao ex-chanceler Celso Amorim - que chegou a chamar
de "provavelmente o melhor chanceler do mundo" em um artigo em 2009 - pelo papel em
transformar o país em um ator de peso no cenário internacional.
O CEO e editor da Foreign Policy, no entanto, critica a excessiva complacência do governo com o
regime de Hugo Chávez sob Lula e a perda de importância da política externa sob Dilma.
Veja abaixo os principais trechos da entrevista, separados por temas:
Discurso de Serra
"O maior problema que o Brasil tem em termos de política externa é que o país está paralisado e
perdeu muita credibilidade. Não é só que a Dilma tenha sofrido impeachment ou que haja uma
nuvem de suspeitas sobre a cabeça de Temer, é que há uma nuvem de suspeitas sobre a cabeça
de muita gente no Congresso, no Executivo, e é muito difícil saber quando esse escândalo de
corrupção vai parar de prejudicar o Brasil.
Então os mercados estrangeiros perderam a confiança no Brasil, não tem certeza de com quem
vão lidar, e esse tipo de previsibilidade, saber com que você está lidando, como são as políticas, é
absolutamente crucial.
Então o discurso de Serra não significa nada se não soubermos por quanto tempo essa
administração vai ser efetiva, ou se vai ser efetiva."
Política externa do PT
"Sobre as críticas às políticas do governo de esquerda, a questão é: qual governo? Lula, no auge
de sua popularidade, fez mais para aumentar o peso do Brasil no cenário mundial do que qualquer
presidente do Brasil, seja por abrir embaixadas e consulados pelo mundo, seu papel de liderança,
Celso Amorim e o Itamaraty envolvidos nos assuntos mais importantes e dizendo 'o Brasil é um
dos países mais importantes do mundo e temos que ser tratados desta forma'. Aderir à ideia dos
Brics foi outro componente disso, a diplomacia Sul-Sul, e também o fato de que as coisas estavam
funcionando no Brasil.
Dilma não tinha muito tato para isso, Antonio Patriota era ótimo, mas ela não o empoderou,
controlou muito, houve tensões com o Itamaraty. Depois veio Mauro Vieira, que era também muito
capaz, mas era muito claro que ela estava com problemas na maior parte do tempo em que ele foi
chanceler. De novo, se há um problema interno, isso se transfere para a política externa.
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Ouço o Serra e penso: é possível que o regime do Lula tenha se inclinado demais para Chávez e
ignorado problemas no regime? Sim, com certeza. Eles foram muito permissivos na mudança de
Chávez para uma ditadura e nos abusos de direitos humanos. Eu nunca sugeri que a política
externa do PT era perfeita. Teria feito mais sentido ter uma política equilibrada.
Mas se o Brasil voltar às políticas pré-Lula, que eram essencialmente 'vamos ter políticas de
comércio com algumas partes do mundo, não vamos causar problemas, vamos adotar um tom
cético-reflexivo em relação aos EUA etc. etc.', isso não seria bom.
Acho que o Brasil mudou muito nos anos do governo do PT e o mundo mudou muito, e não acho
que o Brasil precisa de uma política de volta ao passado, acho que o Brasil precisa de uma política
orientada para o futuro.
Mas toda política externa começa com força interna, e neste momento o Brasil tem um problema
tão grande que torna a política externa uma nota de rodapé dentro da política do governo."
Comércio bilateral
"Dependendo dos acordos bilaterais, priorizá-los pode ser uma estratégia mais eficiente. A maioria
dos esforços recentes com acordos multilaterias resultaram em inação ou, se implementados,
acordos ineficientes.
Mas isso parece ecoar uma noção de que política externa é essencialmente política de comércio. E
a política externa pré-PT era muito orientada para comércio, e não pelo protagonismo no cenário
político mundial.
Eu acho que em um país de 200 milhões de pessoas, uma das sete maiores economias do mundo,
com a quinta maior população e área, merece estar na discussão política também.
Não tem nada de errado em querer acordos bilaterias, mas isso por si só não é política externa."
Fechamento de embaixadas
"No meu ponto de vista, a abertura de embaixadas foi uma forma de aumentar a influência do
Brasil. E acho que, sejam quais forem as boas intenções que Serra possa ter, não é uma boa
política, como aprendemos com os EUA, chegar e falar 'vou fazer o oposto do que meu antecessor
fez'.
George Bush foi e fracassou em lugares como o Oriente Médio e Obama fez o oposto, foi muito
pouco ativo nesses lugares, e isso foi um problema.
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Se Serra acha que reformar a política externa é desfazer o que o Lula fez, ele não está agindo em
nome dos interesses do Brasil. A política externa tem que ser guiada pelo interesses de longo
prazo.
Minha reação inicial é que provavelmente não será estratégico fechar embaixadas, mas não tenho
familiaridade suficiente com os problemas financeiros do Brasil."
Respostas 'duras ' a vizinhos e impeachment
"É dificil dizer exatamente como será essa relação no longo prazo, pode ser bom se colocar
pressão nesses governos (como Venezuela) para se comportarem de forma mais responsável.
Mas o Brasil pertence ao cenário global, como um dos países mais importantes do mundo, então
as políticas têm que olhar muito além do seu quintal.
Não sei se o problema (de Serra) vai ser convencer outros países de que o governo é legítimo, mas
se é um governo de confiança, se estará lá por um bom tempo, se terá mandato para fazer as
coisas, se representa os brasileiros.
Parece impróvavel que Dilma renuncie, e isso significa que o governo tem um prazo de 6 meses,
não sabemos o que acontece depois. O presidente está cercado de suspeitas, os líderes do
Congresso, não sabemos onde os dominós vão parar de cair.
Os governos estrangeiros serão educados com Serra, vão receber bem as mudanças que acharem
que são de seu interesse, mas eles vão esperar para ver o que vai acontecer."
Fonte: http://www.bbc.com/portuguese/brasil-36334715
Argentina
PÁGINA12 (ARGENTINA)
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El País
El nuevo vínculo con Brasil
Dos países que no aceptan retroceder
Por Emir Sader
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Argentina, Brasil y otros países de America Latina han cambiado mucho en este siglo. Han
cambiado para mejor, son más diversos, menos injustos, más conscientes, no caben más en la
forma estrecha en que las viejas oligarquías los quieren meter. Los procesos de restauración
conservadora que trascurren en Argentina y Brasil se proponen retrocesos en términos de
derechos de las personas y en retrocesos en el tiempo, en países que ya no caben en sus
proyectos. De ahí la apelación a la violencia, arma de los que no tienen razón.
¿Quién puede imaginar que esos países puedan volver a ser gobernados por representantes de los
banqueros, para los intereses de los bancos? ¿Quién puede imaginar que gobiernos puedan
promover el desempleo a rajatabla, sin respetar el derecho de los trabajadores y sin capacidad de
organización y de lucha?
¿Cómo puede ocurrir que las viejas oligarquías, disfrazadas de nuevas, puedan hacer de países
como Argentina y Brasil en el siglo XXI subsidiarias de las políticas norteamericanas en el
continente? ¿Cómo pueden creer que pueden dar vuelta atrás en el combate a las desigualdades, a
la miseria y a la exclusión social, que tanto han avanzado en esos países, a contramano de las
tendencias del capitalismo mundial? ¿Cómo pueden creer que pueden hacer de Argentina y de
Brasil ejes de los proyectos neoliberales y de los intereses imperiales de Washington en América
Latina?
Pero parece que lo creen, por el tipo de gobierno, el tipo de ministros, el tipo de política que
anuncian y tratan de poner en práctica. Cambia poco o nada que en un país retomen el gobierno
por elecciones y en el otro por un golpe blanco. El objetivo es el mismo: retroceder en lo que se ha
avanzado en cuanto a la superación del neoliberalismo.
Pretenden achicar el tamaño del Estado y, sobre todo, de los derechos garantizados por políticas
públicas. Buscan abrir el mercado interno y profundizar los procesos de desindustrialización y
desnacionalización de las economías. Reducir los países al tamaño del mercado.
¿Es eso lo que el neoliberalismo, lo que las fuerzas conservadoras, tienen para proponer para
América Latina? Es a eso lo que quieren llegar.
Buscan políticas externas que desarticulen los procesos de integración regional, abriendo camino
hacia la reanudación de las viejas fórmulas de subordinación económica, política e ideológica al
Imperio. De reanudación de lo que fueron las políticas externas de nuestros países en la década de
1990, de ningún protagonismo internacional. Países que solo atraían la atención cuando había
procesos de privatización y cuando había crisis, para venir en el primer caso, para huir en el
segundo.
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¿Quieren hacer retroceder Argentina y Brasil a las experiencias trágicas que han vivido en los 1990
y que han costado tantos años y esfuerzos para superar sus herencias malditas? ¿Que volvamos a
políticas que excluyan a la gran mayoría de la población para hacer políticas que atendían a los
intereses de la minoría del país?
No es posible reimponer esos cauces. Nuestras sociedades no lo soportan y las grandes
movilizaciones de rechazo de los gobiernos de Mauricio Macri y de Michel Temer lo desmuestran.
Se puede ganar una elección, en un caso, se puede dar un golpe blanco en el otro, pero eso no
basta para construir un gobierno legitimado por el apoyo popular, capaz de dirigir el Estado
atendiendo a todos, representando a todos.
Lo que se vive no es el final de los gobiernos que avanzan para superar el neoliberalismo, pero un
paréntesis, en que se acumulan más fuerzas, se agregan más sectores populares, se corrigen
errores y se adecuan orientaciones. Porque nuestras sociedades no aguantan más ser comandadas
por el poder del dinero, han aprendido que la democracia está estrechamente vinculada al derecho
de todos. Derechos sociales, derechos políticos, derecho a la palabra.
La segunda década del posneoliberalismo no es su última, sino la preparación de su continuidad,
de la superación definitiva del neoliberalismo.
Opinión
Las consecuencias del golpe
Por Oscar Laborde *
Se ha consumado un poco disimulado golpe de Estado en Brasil. Faltará ver si el Senado en seis
meses ratifica la destitución de Dilma Rousseff, pero la violación al sistema democrático y el
desconocimiento a la voluntad popular ya se produjo.
Grave antecedente que dejará huellas en la región, que venía enfrentado estos intentos, a veces
evitándolo, y en otros sancionando a los golpistas como el caso del Paraguay, cuando fue
desplazado su presidente Fernando Lugo. Nada hizo el Mercosur, ni la Unasur, excepto alguna
expresión de su secretario general Ernesto Samper. Grave, porque abre una puerta a la
desestabilización democrática, que costó mucho cerrar.
Se ha hablado mucho de lo insostenible de los argumentos para sancionar a Dilma, pero ¿cuáles
serán las consecuencias para la región y para nuestro país?
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El gobierno de Michel Temer está basado en una alianza entre banqueros e industriales de San
Pablo y está promoviendo algunos trazos en materia de política económica que traerá
consecuencias inmediatas. Con la crisis de Brasil, provocando que su producto bruto caiga por
tercer año consecutivo, su mercado interno se desplome y el consumo de autos caiga
prácticamente a la mitad, el primer punto que tenemos que analizar es cómo va a afectar a
nuestra industria automotriz y al intercambio comercial esta situación considerando la significación
que tiene su cadena de valor agregado.
El segundo punto es la industria alimenticia. Brasil es un gran productor de soja y aceites, pero
Argentina es el segundo productor mundial de aceites. Ambos países tienen un alto grado de
colaboración en este plano. Luego hay otras complementariedades como lo son el turismo, los
servicios bancarios y una cantidad de actividades que se fueron dando en los últimos años en el
marco del Mercosur.
¿Qué viene ahora? La discusión por un acuerdo de libre comercio con Europa, que hace muchos
años viene exigiendo insistentemente que el Mercosur no le aplique un arancel a los productos de
firmas europeas.
Brasil está dando muestras de que va a acceder al pedido europeo de bajar ese arancel y Mauricio
Macri empezó a analizar la posibilidad de sumarse, lo que implica bajarle el precio al Mercosur y
empezarlo a pensar como una unión aduanera más pequeña, con lo que se replantea de hecho
todo su funcionamiento, con el impacto que tendrá sobre nosotros pues nuestro principal complejo
industrial es el automotriz y el segundo es el agroindustrial.
Si Brasil deja de ser un mercado objetivo para Argentina hay una parte de nuestros complejos
industriales que caerán irremediablemente. En la medida en que Brasil demore su salida de la
recesión lo que hará es flexibilizar el Mercosur, porque querrá colocar aquí los excedentes de
exportación que no ubican en otros países. Sin ir más lejos, en estos cinco meses ha aumentado el
déficit comercial de nuestro país con Brasil. En este contexto, se aumentará el ingreso de
productos brasileños en nuestro mercado, lo que ya se puede ver en rubros como pollos, cerdos,
transportes y servicios, que naturalmente van desactivando la producción local.
El tema central es que parte de esta situación de Brasil fue conversada por Barack Obama con
Macri durante la visita que el presidente estadounidense realizó en marzo. ¿Cuál es la lectura que
debiéramos hacer? En el contexto en que evoluciona la Argentina, se viene un proceso de libre
comercio donde volvemos a una suerte de Alca con nombre distinto, que es el acuerdo
Transpacífico, donde lo más probable es que Brasil y Argentina arrastren al Mercosur a firmar un
pedido de ingreso a esa estructura donde ya nuestro país está como observador.
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José Serra es el nuevo canciller de Brasil y tiene posiciones muy duras en la interpretación de
cómo debe comportarse el Mercosur de aquí en adelante, además de apoyar las posiciones de los
industriales de San Pablo que no comparten el enfoque del Mercosur tal como vino funcionando
hasta aquí .
Por el lado argentino, Alfonso Prat-Gay también se expresó por reformularlo y modificar las
relaciones bilaterales con Brasil. Esto abre las puertas a un nuevo escenario que tendrá
consecuencias desestructurantes para nuestro aparato productivo porque si Brasil liberaliza las
relaciones comerciales con el mundo, Argentina pierde un mercado objetivo muy importante para
una parte relevante de su complejo industrial.
Como se verá, las perspectivas son poco alentadoras.
* Director del Instituto de Estudios de América Latina-CTA
Fonte: http://www.pagina12.com.ar/diario/elpais/1-299675-2016-05-19.html
Paraguai
LA NACION (PARAGUAI)
www.lanacion.com.py
Negócios
Firmas brasileñas desean acuerdos comerciales
La Agencia Brasileña de Promoción de Exportaciones e Inversiones (APEX-Brasil), organiza la
venida de 45 micro, pequeñas y medianas empresas brasileñas al país, con el fin de realizar
acuerdos comerciales con empresas paraguayas, a través de una rueda de negocios, el próximo 31
de mayo en el hotel Sheraton.
Luis Schmeda, coordinador de la misión y representante de CEDIAL (Cooperación Empresarial y
Desarrollo Industrial), mencionó que, teniendo en cuenta la coyuntura por la que atraviesa Brasil
actualmente, la prioridad de los empresarios es buscar alternativas de negocios con los países
limítrofes, y en este sentido Paraguay es punta de lanza por su crecimiento y toda la
infraestructura que se está consolidando en el país.
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Además de los acuerdos comerciales, lo que estas empresas buscarán también es contactar con
importadores y distribuidores locales para productos brasileños que exportan, además ellos
vendrán a ofrecer sus servicios.
Por otro lado, la agenda de la misión incluye visitas técnicas y seminario sobre el ambiente de
negocios de Paraguay. Así también, en segundo plano está la posibilidad de que alguna de las
empresas pueda instalarse en el país, señaló Schmeda.
Entre los rubros que estarían trayendo sus servicios se encuentran los de máquinas y
equipamientos; alimentos y bebidas; casa y construcción; higiene y cosméticos, entre otros. Por
otro lado, el coordinador se refirió a que estiman que alrededor de 150 empresas paraguayas
estarían participando de la rueda de negocios. Además, expresó que esta será la primera Misión
PEIEX de la Agencia, en la cual participarán solamente empresas que pasan o han pasado por
acciones de capacitación para exportaciones ofrecidas por Apex-Brasil.
Según un comunicado emitido por APEX-Brasil, Paraguay y Bolivia han sido elegidos para esta
misión, tras varios análisis producidos por estudios de inteligencia de mercado realizados, en los
cuales se identificó a los dos países como importantes socios comerciales brasileños.
Fonte: http://www.lanacion.com.py/2016/05/20/firmas-brasilenas-desean-acuerdos-comerciales/
Venezuela
TELESUR (VENEZUELA)
www.telesurtv.net
América Latina
Unasur gestiona diálogo entre Gobierno y oposición de Venezuela
La Unasur adelanta labores para concretar una agenda de diálogos entre el Gobierno de Venezuela
y sectores de la oposición "en favor de la paz y la justicia".
Una comisión de la Unión de Naciones Suramericanas (Unasur) adelanta labores para promover el
diálogo entre el Gobierno de Venezuela y la oposición para atender asuntos fundamentales para la
nación.
Como parte del equipo que trabaja en la agenda de diálogo están el expresidente del Gobierno de
España José Luis Rodríguez Zapatero, de Panamá Martín Torrijo y de República Dominicana Leonel
Fernández.
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"Voy a pedir a la comunidad internacional que respalde este objetivo de un gran diálogo nacional y
que podamos tener en un plazo razonable una agenda", indicó Rodríguez Zapatero este jueves en
una rueda de prensa, tras reunirse con el presidente venezolano Nicolás Maduro y con dirigentes
opositores.
>> Violencia en Venezuela fue financiada por derecha parlamentaria
El expresidente de Gobierno español advirtió que el camino hacia el diálogo nacional será “largo,
duro y difícil” y aseguró que debe estar basado en el “respeto a las reglas democráticas, al Estado
de Derecho y a la Constitución”.
La "tarea es ingente, pero la determinación y voluntad de la Unión de Naciones Suramericanas
(Unasur) y los que acompañamos esta misión es firme, decidida. No vamos a descansar para que
ese proceso arranque y pueda dar resultados", aseveró.
Además, una subcomisión de la Unasur, encabezada por el expresidente de República Dominicana,
analizará la situación económica de Venezuela, con especial atención en el desabastecimiento, la
reactivación del crecimiento económico y otros indicadores.
Al respecto, el presidente de Venezuela, Nicolás Maduro, explicó que estas labores buscan hacerle
frente a los efectos de la guerra económica y a la caída de los precios del petróleo, principal fuente
de ingresos de la nación.
Fonte:
http://www.telesurtv.net/news/Unasur-gestiona-dialogo-entre-Gobierno-y-oposicion-de-
Venezuela-20160519-0054.html
Uruguai
EL PAÍS (URUGUAI)
www.elpais.com.uy
El Mundo
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Nin: la "única manera" de superar la crisis en Venezuela es un
revocatorio
Además, señaló que al Brasil de Michel Temer "le gustaría que lo suspendieran del
Mercosur", debido a que su nuevo canciller considera al organismo "un delirio
megalómano".
jue may 19 2016 11:56
El canciller uruguayo, Rodolfo Nin Novoa, dijo el pasado miércoles en el programa Código País de
Teledoce que la "única manera" de que Venezuela supere su situación actual es con un
referéndum revocatorio del mandato presidencial.
Para el canciller, el país caribeño atraviesa una crisis producto de un modelo de "control férreo de
la economía" por parte del Estado.
"Ese control no tiene ningún modelo que pueda mostrarse como exitoso", indicó Nin.
Las declaraciones del canciller se producen en medio de una dura polémica entre su antecesor en
el cargo, Luis Almagro, ahora secretario general de la Organización de Estados Americanos (OEA),
y Maduro, cuyo gobierno se niega a celebrar el referéndum revocatorio que promueve la oposición
en medio de una crisis por la escasez de medicinas y alimentos.
Maduro calificó a Almagro de "traidor" y lo acusó de ser un agente al servicio de la CIA, a lo que el
excanciller uruguayo le respondió que si no acepta el revocatorio, entonces se convertiría en un
"dictadorzuelo".
Incluso el expresidente José Mujica, que apoyó a Almagro para que obtuviera el cargo en la OEA y
luego rompió con el diplomático tras sus primeras críticas a Venezuela, opinó que Maduro "está
loco como una cabra".
Al Brasil de Temer "le gustaría que lo suspendan del Mercosur"
Nin Novoa, dijo que al nuevo gobierno de Brasil "no le gusta el Mercosur".
Nin mencionó a José Serra, nuevo canciller del vecino país, que en años anteriores ha sido muy
crítico con el organismo. "No le gusta mucho el Mercosur, está mirando más para Europa que para
adentro de la región pero vamos a tener que hablar y que negociar con él", indicó.
El canciller fue muy directo dijo que "a Brasil le gustaría que lo suspendan del Mercosur", lo que
"sería un problema para todos" los países miembros.
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"Nosotros proponemos un marco de acuerdo entre los países del Mercosur que quieran iniciar
conversaciones para lograr acuerdos con bloque de países. Una vez logrado el consenso, que cada
país marche a la velocidad que pueda", informó.
Serra, el canciller brasileño, dijo en marzo de 2015 durante un seminario en San Pablo que el
Mercosur es "un delirio megalómano" que buscaba promover la unión aduanera entre sus países
miembros, lo que entiende como "una renuncia a la política comercial de la soberanía". También
acusó al actual presidente de Paraguay, Horacio Cartes, de ser "el principal contrabandista de
cigarrillos" hacia Brasil.
Fonte:
http://www.elpais.com.uy/mundo/nin-unica-manera-superar-crisis-venezuela-
revocatorio.html
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